CAMPANHA NAS RUAS PERDENDO FORÇA

O juiz da 4ª Vara da fazenda de Natal, Cícero Macedo que responderá também pela propaganda eleitoral nas eleições deste ano, afirmou na manhã de hoje (21), durante entrevista ao Jornal da Cidade, na 94 FM, que as campanhas de rua estão “perdendo força” com o avanço das redes sociais. O juiz acredita que a população tem  mudado, e a TV junto a Internet serão os instrumentos mais adequados para o aperfeiçoamento das campanhas políticas, porém, é necessário que se crie uma cultura benéfica nestes meios de comunicação.
“Acho que é preciso repensar o processo eleitoral, hoje você tem os instrumentos internet e televisão. A população em geral esqueceu mais aquela movimentação nas ruas, em certo momento da história aquilo não era mais uma proposta saudável. Candidatos com um potencial econômico maior se destacavam entre os outros, e em uma eleição todos são iguais, todos são candidatos”, lembrou.
Em relação as redes sociais, o juiz disse que existe um princípio constitucional que é a livre manifestação de pensamento e expressão, porém, isso não pode ser usado para denegrir quem quer que seja.
“O que nós esperamos é que as redes sociais que aproximam tantas pessoas, de diversos lugares, construam uma cultura benéfica nestas eleições para que possamos ter uma disputa de alto nível, onde os candidatos possam debater ideias, apresentar propostas e não ficar naquele ataque um contra o outro”, ressaltou.
Para o juiz, a fiscalização nas redes sociais não é uma forma de coibir a liberdade de expressão, pelo contrário, ela é estimulada. A idéia é que as redes sociais ajudem e não “atrapalhem” o processo eleitoral, por isso, a participação dos líderes políticos e responsáveis pela propaganda e marketing dos candidatos é fundamental.
“A construção de perfis falsos – os fakes são ruins para educação e cultura da política para nossa sociedade. O ideal é que não existam os fakes, e a Legislação Eleitoral ampara a retirada do ar. Aquele que se sentir ofendido pode procurar a Justiça, são multas pesadas, inclusive, nós esperamos que aqueles que trabalham com os partidos políticos, os responsáveis ou militantes e simpáticos a determinados partidos, tratem de criar ideias novas para evitar que isso aconteça , as vezes, o internauta faz inocentemente, nem sabe que pode ser penalizado de forma severa, e se houver incidência aumenta a multa. Esse é um efeito pedagógico porque mexe no bolso da pessoa”, lembra o juiz.
Em relação a novidade destas eleições, o WhatsApp, o Juiz trata a fiscalização do instrumento, da mesma forma como atua nas redes sociais.
“Há poucos dias teve uma representação de um determinado candidato a uma mensagem da rede WhatsApp. Ela será analisada, de acordo com a fiscalização das redes sociais, o que a Justiça pode fazer, está fazendo. Mesmo nessa rede de grupos em grupos, o candidato também pode recorrer a Justiça para que a mensagem seja retirada, a Legislação também trata sobre esse tipo de instrumento. E vale lembrar que cada juiz em cada zona, tem o poder de polícia para atuar”, afirmou.

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