COLUNA DO JORNALISTA TÚLIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE

A decisão da Justiça Eleitoral, de manter a inelegibilidade do deputado federal Betinho Rosado, deixa o cunhado de Rosalba em situação de dificuldade. Afinal, mesmo que recorra da decisão, o TSE não definirá de forma tão acelerada seu processo, o que vai produzir na população e no eleitorado, a sensação de que sua candidatura não existe oficialmente, provocando um prejuízo quase irreversível.
CONSEQUENCIA
A primeira conseqüência eleitoral da saída de Betinho Rosado é a redução na quantidade de votos da chapa proporcional da coligação de Robinson e Fátima. O deputado Fábio Faria, que seria beneficiado pela contagem dos votos de Betinho ao quociente eleitoral, vai precisar trabalhar ainda mais para garantir seu retorno a Brasília.
POSSIBILIDADE
Com a saída de Betinho da coligação proporcional, assume a condição de segundo colocado, com possibilidade de ser beneficiado pelo quociente, a candidatura do PT a federal. O assessor de Fátima Bezerra, Adriano Gadelha, aparece com mais destaque no grupo, seguido do professor Carlos Alberto, que foi vice de Mineiro na eleição em Natal. Se houver voto de legenda, é possível que o PT mantenha a cadeira na Câmara dos Deputados. Não é fácil, mas é possível.
BENEFÍCIO
As primas Fafá Rosado e Sandra Rosado, que disputam voto a voto o universo eleitoral mossoroense, também são beneficiadas com a saída de Betinho Rosado da disputa. Sem o irmão do ‘governador’ Carlos Augusto brigando por votos em Mossoró, haverá natural polarização das candidaturas de Sandra e Fafá.
EXCLUSÃO
O clã Rosado, liderado pelo ex-deputado Carlos Augusto, que fez da pediatra Rosalba Ciarlini, prefeita três vezes da maior cidade do interior, senadora da República e governadora do Estado, chega ao fim do que parecia o começo de uma nova era, sem ter legenda para sequer tentar uma nova candidatura e o irmão inelegível por ser ficha suja e também não poder concorrer.
INACREDITÁVEL
Para quem achava que sempre tinha o comando de tudo, sempre foi o cérebro por trás dos acertos e do crescimento do grupo político familiar, deve ser inacreditável para Carlos Augusto Rosado chegar a uma eleição sem poder dizer publicamente quais seus candidatos, com a mulher excluída por alguém que considerava amigo inseparável, o irmão expulso da disputa pela Justiça Eleitoral e a cunhada acusada de ser fantasma em um hospital público. Não deve ser fácil para Ravengar.
CARAVANA
O objetivo da caravana de Robinson Faria e Fátima Bezerra é o melhor possível. Chegar ao maior número de cidades em menor espaço de tempo. Porém, a desorganização de sua campanha terminou provocando alguns problemas nos municípios. Lideranças locais ficaram aborrecidas pelo fato de sequer terem sido contatadas pela assessoria.
REGISTRO
A coluna registra que o e-mail publicado no início da semana, assinado por Jorge Célio Jr., não trata-se do “Grande Jorge Célio”, figura conhecida nos meios políticos, que foi assessor do ex-deputado Flávio Rocha.
SALVADOR
O deputado Henrique Alves afirmou que a união dos partidos que formam o acordão era para “salvar o RN”. Disse e repetiu. Agora, rejeita o título de ‘salvador’. Afinal, quem salva não é salvador?
HIPOCRISIA
Durante entrevista concedida a 95 FM, Henriquinho paz e amor, que fala o tempo todo em fim do radicalismo, cedeu lugar ao original e disse que falar em acordão é hipocrisia.
GOVERNADOR
Do aposentado Jurandi Germano: “Se Robinson quer tanto ser governador, é só ele ser governador do Lions Clube, é bem mais fácil”.
RESPALDO
A candidatura do deputado Walter Alves a federal, recebeu o apoio mais expressivo para um candidato nessa campanha. O filho de Garibaldi vai ser apoiado oficialmente pelas maiores lideranças da classe médica do RN, a começar pelo presidente da Federal Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira.
RESPALDO II
Outros apoios da classe médica a candidatura de Walter Alves, são: O presidentes do Conselho Regional de Medicina, Jeancarlo Cavalcante; da Associação Médica, Álvaro Barros; além de representantes e diretores do Conselho Federal de Medicina, do Sindicato dos Médicos e da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Médicos (Unicred). Nenhuma candidatura, seja proporcional ou majoritária, recebeu apoios tão representativos de um segmento importante.

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