COLUNA DO JORNALISTA TÚLIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE

A revista Istoé, publicou nota em que acusa o candidato ao Governo do RN, Henrique Alves, de usar dinheiro público na campanha eleitoral potiguar. A nota diz que Henrique pede ressarcimento de uma nota de combustível no valor de R$ 7 mil referente a mais de 500 litros de gasolina comum e 900 litros de óleo, combustível usado no abastecimento dos carros da equipe do parlamentar.
REEMBOLSO
A revista também reforça que Henrique está fazendo campanha eleitoral com dinheiro do contribuinte, pois o combustível deveria ser usado para atividade parlamentar e, durante o mês de setembro, a Câmara ficou parada, mas Henrique rodou bastante.
BAIXARIA
Por falar em Henrique, alguns leitores mais atentos, chamam a atenção para um comparativo entre o Henrique que começou a campanha do primeiro turno e o atual, na segunda disputa. Diz que Henrique afirmou que havia mudado e que não aceitaria baixaria na campanha. O que ele considerava baixaria era qualquer menção do adversário.
BAIXARIA II
Henrique chegou a usar uma velha frase para justificar seu discurso naquele momento. A data era 8 de setembro: “Na minha vida, eu aprendi uma coisa: só fala mal dos outros, quem não tem nada de bom para falar de si mesmo”. A frase ganhou manchetes de blogs e jornais como sendo de um ‘estadista’ que estava acima de questões pequenas, queria uma ‘campanha limpa’ e que não perderia tempo com adversários. Tudo mudou.
MUDANÇA
Com a chegada do segundo turno, tudo mudou na campanha de Henrique. O marqueteiro ético saiu da linha de frente; até Garibaldi está fazendo discurso agressivo e as inserções e o programa de Henrique batem pesado no adversário. O que era considerado baixaria, voltou com outro nome. Na verdade, Henrique não mudou nada; é o de sempre. Os números é que mudaram o revelaram novamente.
TRAIDOR
Deputado Getúlio Rego liga para falar a respeito da posição do prefeito de Pau dos Ferros, Fabrício Torquato. Segundo o parlamentar, o filho dele, Leonardo, não chamou o prefeito de traidor. Houve uma conversa entre Getúlio e Fabrício, em que o prefeito comunicou que não iria mais apoiar a candidatura de Henrique no segundo turno. Getúlio perguntou o motivo e o prefeito disse que estava constrangido.
CONCORDÂNCIA
Segundo Getúlio, não havia motivo para constrangimento, pois Fabrício apoiou Henrique sem que precisasse ninguém forçá-lo a isso: “Você nos pediu para apoiar Fátima e nós concordamos. Enquanto nós fomos corretos com você em relação a senador, você não foi correto conosco em relação a governador”, disse Getúlio ao prefeito.
ESCOLA
Ainda segundo Getúlio Rego, a conversa não foi ríspida, apenas verdadeira. O pai de Leonardo disse ao prefeito Fabrício que sempre foi correto com as posições que adota, o que não estaria ocorrendo naquele caso com a posição tomada pelo prefeito: “Na minha escola, você não aprendeu isso”, disse Getúlio ao filho de Maria Rego.
MUDANÇA
Getúlio Rego relatou também que a ausência do ex-prefeito Nilton Figueiredo e do fato de que a posição de Fabrício agora foi externada, vai provocar a vitória de Henrique em Pau dos Ferros: “Primo, anote aí: Henrique vai dar uma lapada em Robinson lá dentro”, anunciou o deputado mais votado do município. Getúlio exigiu que Henrique não aceitasse a presença de Nilton Figueiredo no palanque deles. Henrique concordou e expulsou Nilton do palanque.
DECENTE
O filho de Getúlio, ex-prefeito Leonardo Rego, também ligou para negar que tenha chamado Fabrício de traidor: “O que eu disse é que ele agora tomou uma atitude decente”. Perguntei: Então, no primeiro turno, ele foi indecente? Ele respondeu: “Eu estou dizendo que agora ele está sendo decente”. Ou seja: Fabrício não foi traidor, foi só indecente.
MÚSICA
A nova música de Henrique no segundo turno é bem melhor do que a anterior, usada no primeiro turno. Mais direta, mais vibrante e marcante. O slogan aproveita a inércia da campanha de Robinson e remete à comparação.
PALAVRA
O deputado José Adécio, tradicional adversário dos Alves em Pedro Avelino e na Região Central, para cumprir sua missão partidária e manter a lealdade ao senador José Agripino, teve que engolir o passado e apoiar a candidatura de Henrique na cidade onde o filho de Aluízio o derrotou três vezes. O eleitorado não gostou, mas Adécio cumpriu a palavra.
PEDIDO
Para apoiar a candidatura de Henrique em Pedro Avelino, José Adécio pediu somente uma coisa ao candidato do PMDB: “Não vá a Pedro Avelino. Eu vou votar em você, seu pessoal do PMDB também vai apoiar; você não precisa ir ao município”.
DESFEITA
Apesar do pedido, Henrique não atendeu ao marido de Neyde Sueli. Foi a Pedro Avelino e ainda permitiu que adversários de Adécio batessem no deputado do DEM, sob a conivência do candidato a governador. Zé Adécio anotou a desfeita, mas não rompeu. Henrique venceu em Pedro Avelino com 15% de diferença. Segundo turno é outra história.
FORÇA
De acordo com Sherloquinho, o deputado Vivaldo Costa estava de malas prontas para apoiar a candidatura de Robinson Faria no segundo turno. Uma conversa particular teria barrado a mudança. Vivaldo teria conversado com Henrique, que lhe prometeu usar força política e prestígio para cassar o mandato do deputado recém eleito, Souza, ex-prefeito de Areia Branca. Com a promessa, segundo Sherloquinho, o ‘Papa’ do Seridó desistiu da adesão e continuou apoiando Henrique.
PREFEITO
Nem sempre ter o prefeito do município é vantagem eleitoral. Henrique viveu isso. Robinson também, em alguns casos. Ter o apoio de Jacson, em Afonso Bezerra, resultou em derrota

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