COLUNA DO JORNALISTA TÚLIO LEMOS DO JORNAL DE HOJR

Notícias de bastidores dão conta de mudança no marketing do deputado Henrique Alves para o segundo turno. O marqueteiro Adriano de Souza sai e cede lugar a um profissional que vem da Bahia. O motivo, segundo Sherloquinho, seria a mudança total de estilo. Sai Neymar e entra Junior Baiano. Há possibilidade de ser Duda Mendonça o novo marqueteiro de Henrique.
SANGUE
A mudança no marketing obedeceria ao novo estilo Henrique de não perder a eleição de jeito nenhum. Sherloquinho afirma que não haverá limites para provocar hemorragia no adversário. O passado de Robinson Faria está sendo investigado pela turma de Henrique para usar qualquer fragilidade na campanha.
ESTILO
Quando começou a campanha, o próprio Henrique fez questão de dizer que havia mudado, que eleição não era guerra, que havia sepultado o radicalismo e que não aceitaria baixaria na campanha. Tudo balela. Ele até começou como prometeu; na reta final, quando observou que não venceria no primeiro turno, atirou pesado contra seu adversário.
BAIXARIA
O que era considerado baixaria por Henrique no primeiro turno, será sua arma principal no segundo. A artilharia do genro de Cassiano será pesada contra Robinson. Ninguém sabe como o eleitor vai reagir à mudança de estilo na segunda etapa da campanha.
VERDADE
O fato é que em campanha, os candidatos devem usar o que encontrar de negativo contra seu adversário. Essa história de campanha somente propositiva é pura hipocrisia. O que não pode, em nenhuma hipótese, é mentir, inventar ou deturpar fatos para prejudicar o adversário. Se o fato é verdadeiro, tem que ser usado.
INÍCIO
A campanha do segundo turno começa com vantagem numérica para Henrique e vantagem simbólica para Robinson. O simbolismo é representado pelo fato do candidato do PSD ter uma mini estrutura, sem lideranças expressivas e ter vencido em cidades importantes e ter ido ao segundo turno. A vantagem de Henrique é representada pela maioria de quase 80 mil votos que ele conseguiu diante do adversário.
COORDENAÇÃO
Henrique deu entrevista afirmando que estava em lima de vitória pelo fato de quase ter vencido a eleição em primeiro turno. Aparentemente comemorou o resultado. Só aparência. Afinal, se em time que está ganhando não se mexe, Henrique mudou o marketing, a coordenação da campanha, o setor de mobilização e o estilo. Ou seja: mudou praticamente tudo.
PESQUISA
Passada a eleição, é hora de fazer uma avaliação das pesquisas de intenção de voto. Três aspectos de tendência fundamentais devem ser enfatizados – o acerto sobre o segundo turno, a vitória de Fátima e o crescimento de Robério Paulino.
ACERTO
Apenas dois institutos deram o segundo turno como certo: Seta e Certus. Estes acertaram. Consult e Item erraram feio, pois falaram na definição do pleito em primeiro turno para o governo do Estado. O Ibope marcou o segundo turno, mas na margem de erro, o que não deixa de ser acerto. Seta errou ao prever vitória de Robinson sobre Henrique.
SENADO
Na vitória de Fátima para o Senado, os resultados da Consult e do Instituto Item foram ainda mais vexatórios. Os institutos defenderam a tese do empate, enquanto Certus e Seta cravaram mais de 10% de diferença, o que de fato aconteceu. O Ibope fez o “ajuste” no fim. Porém, não consegue justificar como Fátima abriu, de segunda para sexta, uma diferença de 15%.
ROBÉRIO
Todos os institutos tiveram dificuldade de captar o crescimento de Robério Paulino. E há uma explicação plausível: Robério cresceu muito na última semana, logo após os confrontos diretos nos debates nas emissoras de TV e as últimas pesquisas foram feitas no período anterior aos debates.
CONCLUSÃO
O saldo da eleição em relação a pesquisa é: Consult e Item não acertaram nenhuma; o Ibope fez a já tradicional correção na reta final; Certus e Seta ficaram em situação mais confortável. Tem gente que precisa se explicar.
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