RN: DENÚNCIA DE CAIXA 2 NA CAMPANHA ELEITORAL

Por Jornal de Hoje
A denúncia feita pela coligação de Robinson Faria apontou não apenas a utilização do avião da FAB de forma irregular por Henrique Eduardo Alves. A AIJE apontou, ainda, que a aeronave estaria sendo usada para transportar dinheiro em espécie não declarado, o que configuraria outra irregularidade: o caixa 2 na campanha do PMDB. O montante seria carregado por correligionários nas várias “caronas” dadas por Henrique.
“Henrique faz uso constante da aeronave, sob o pretexto de se tratar de viagem a serviço ou retorno para sua o local de sua residência permanente, para o fim de levar seus correligionários, cabos eleitorais e simpatizantes de sua campanha para Brasília, local onde costura apoios políticos, bem como angaria doações para sua campanha”, denunciou a AIJE, entrando, em seguida, na possibilidade de caixa 2.
“Mesmo restringindo-se tão somente a utilização da aeronave da FAB, são muitas as irregularidades cometidas, posto que há notícias de transporte de numerário em espécie e não declarado, advindo de caixa 2, com origem em Brasília, sendo tais valores muitas vezes trazidos pelos correligionários e coordenadores de campanha irregularmente transportados”, apontou a coligação de Robinson Faria.
“Em vista do exposto, a conduta do Investigado o coloca em ampla vantagem no pleito eleitoral e configura também abuso de poder político e de autoridade, bem como a realização de caixa 2, devendo a Justiça Eleitoral apurar o fato, aplicando as penalidades cabíveis, por maior que seja a sensação de impunidade que paira sobre as eleições estaduais de 2014″, ressaltou o advogado.
A AIJE relembrou, ainda, que “a Força Aérea Brasileira, por integrar as Forças Armadas, não pode se posicionar em prol de determinada candidatura, nem tampouco oferecer a utilização de bens em favor de determinado candidato, sendo imperiosa a manutenção de sua imparcialidade no pleito”. E, com isso, “por mais estarrecedor que pareça, é flagrante a farra realizada com gastos públicos que deveriam ser destinados em benefício dos contribuintes, em favor da candidatura do Investigado. Ao proceder dessa forma, Henrique Alves deixa de efetuar diversos gastos com passagens aéreas que seriam realizados em sua campanha”.

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