COLUNA DE TÚLIO LEMOS (JORNAL DE HOJE)

Robinson Faria ganha pontos ao defender um perfil técnico na gestão estadual. O estado, realmente, precisa de especialistas para elaborar projetos e, assim, viabilizar recursos. Porém, além de especialistas, é preciso que esses técnicos sejam, também, conhecedores da burocracia do poder público.
SALÁRIO
Porém, a dúvida que fica até Robinson anunciar as suas escolhas é se os melhores técnicos, realmente, aceitarão participar da gestão estadual. Isso porque o salário para secretário ainda é baixo e a responsabilidade, muito alta. Os últimos gestores públicos, inclusive, reclamam que ninguém mais quer cargo no primeiro escalão dos governos, porque ganha pouco e responde muito.
COBRANÇA
O governador eleito também ganhou pontos ao falar que vai cobrar respostas rápidas das categorias. Ou seja: vai conceder benefícios desde que os servidores – e policiais – trabalhem com empenho. Isso é fundalmental em classes profissionais totalmente desestimuladas com as do funcionalismo público do RN.
REFORMA
O que ele ainda não falou de forma direta – apesar de já ter dito que pretende “cortar gordura” – é a questão da reforma administrativa. É imprescindível para o Governo do Estado ter uma gestão efetiva cortar gastos com o funcionalismo público e, consequentemente, com os comissionados. A máquina é muito pesada e todos sabem disso, mas ainda figem que não vê.
ESCLARECIMENTO
Após participar de reunião com Aloizio Mercadante, Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara Federal, disse que não pretende votar pauta bomba. O peemedebista, inclusive, fez questão de divulgar isso por meio da assessoria de comunicação da Casa. Na semana passada ele foi acusado de revanchista por pautar os conselhos populares para o período pós-eleição, aproveitando o fortalecimento do Governo.
REFORMA
Henrique espera, também, que a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprove na nesta quarta-feira a admissibilidade da proposta do Grupo de Trabalho da Reforma Política. A expectativa do presidente é que, após essa aprovação, seja criada uma comissão especial onde serão vários ouvidos setores da sociedade, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e os movimentos sociais.
REFORMA 2
O que for aprovado na Câmara, segundo o presidente, será levado a um referendo popular. “É importante o povo participar dessa decisão e é mais simples tendo um projeto, fácil de entender. Eu acho que isso dá uma reposta imediata de uma reforma política que essa Casa tem de fazer. Já devia ter feito, não fez. Eu acho que é um mea culpa de todos nós, mas a futura legislatura terá de fazer”, disse o presidente ao chegar à Câmara nesta quinta-feira.

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