GOVERNO FEDERAL AUTORIZA USO DO EXÉRCITO

O clima de conflito na Esplanada dos Ministérios não se limitou ao lado de fora do Congresso nesta quarta-feira (24). No plenário da Câmara dos Deputados, parlamentares se empurram após discussão sobre atuação das Forças Armadas em protesto contra o presidente Michel Temer.
Em pronunciamento, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que "tropas federais já se encontram" no Palácio do Planalto, no Palácio do Itamaraty e que "logo mais estão chegando tropas para assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos incólumes".
Um decreto publicado em edição extra do Diário Oficial autorizou o emprego do Exército entre 24 e 31 de maio em "área de atuação definida pelo Ministério da Defesa" para "Garantia da Lei da Ordem no Distrito Federal".
De acordo com Jungmann, a decisão do presidente da República foi tomada a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O senhor presidente faz questão de ressaltar que é inaceitável a baderna, que é inaceitável o descontrole e que ele não permitirá que atos como esse venh a turbar um processo como esse que se desenvolve de forma democrática e com respeito as instituições.
Raul Jungmann
Maia negou que tenha solicitado o Exército e disse que pediu a atuação das Força Nacional. "Meu pedido ao governo foi da Força Nacional", afirmou no plenário após início de briga entre parlamentares.
Apó a confusão, a sessão foi interrompida pela segunda vez na tarde de hoje. Mais cedo, a oposição subiu na Mesa do plenário e pediu a saída de Temer e a convocação de eleições diretas.

Protesto e confronto

Na Esplanada, as forças de segurança usaram spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha após início de tumulto. Senadores da oposição que participaram da manifestação relataram que a confusão foi provocada por um pequeno grupo mascarado.
O prédio do Ministério da Agricultura foi incendiado e os prédios dos ministérios do Trabalho, Fazenda e Integração Nacional foram depredados.
A atuação da polícia levou à dispersão do ato. Cerca de 150 mil pessoas participaram da manifestação, de acordo com organizadores. Já a Secretaria de Segurança do Distrito Federal estimou em 35 mil pessoas às 15h50.
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