POLÍTICA: O "CENTRÃO" TENTA EVITAR POLARIZAÇÃO

Os avanços dos radicais Lula e Bolsonaro nas pesquisas, apressam a busca de candidatura de centro para Presidente da República,
A fórmula parece simples.
Mas, até o momento, as duas opções que se apresentam mais viáveis — o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles — têm uma série de arestas a aparar interna e externamente se quiserem sonhar com o Palácio do Planalto a partir de 2019.
Opinião do blog- Complicadíssimo esse cenário da sucessão presidencial, diante da descrença generalizada na política tradicional e sinais de financiamentos espartanos de campanha.
Além disso, o fenômeno da pulverização de candidaturas.
Sem arrecadação privada e com a conhecida falta de disposição do brasileiro de doar como pessoa física, os partidos precisarão custear as campanhas com base no fundo eleitoral.
Buscar acesso ao Fundo significará também buscar formar coligações com o maior número de partidos possível.
Quanto maior a coligação, mais dinheiro disponível para garantir uma candidatura presidencial e nomes nos estados.
O partido político no Brasil, infelizmente, sempre foi moeda de troca.
Um negócio, como outro qualquer.
“Se o PSDB partir para a radicalização e não se alinhar ao Planalto, não terá dinheiro para bancar a corrida”, prevê um interlocutor do presidente Michel Temer.
Temer vai buscar manter coesa a atual coalizão governista, que inclui PR-PP-PSD-PMDB-DEM-PRB-PSC, e construir uma candidatura única nesse grupo de partidos.
Com os sinais ainda hostis enviados pelo PSDB, Temer autorizou Henrique Meirelles a se aventurar
O ministro da Fazenda tem a frente fantasmas difíceis de exorcizar.
A falta de traquejo político alia-se ao desconhecimento que tem perante o eleitorado, com 2% de intenção de voto.
Meirelles também lutará contra inimigos internos.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, partido ao qual o ministro é filiado, é colega de Esplanada — comanda o Ministério de Ciência e Tecnologia —, mas sonha na eventual dobradinha com o PSDB, ao menos em São Paulo.
Caso o senador José Serra decida concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, Kassab poderá se apresentar como seu vice, o que o aproximaria de Alckmin no plano nacional.
Alckmin igualmente tem enormes desafios a enfrentar.
Tudo dependerá do equilíbrio que consiga dá nas diversas tendências dos tucanos.
Ele terá que fazer a escolha dos cargos da Executiva Nacional e do Diretório Nacional, a serem definidos na convenção do partido marcada para o sábado próximo, dia 9.
Verdadeiras escolhas de Sofia, diante do esfacelamento interno do PSDB.
Conclui-se que muita água ainda passará em baixo da ponte, que levará um dos candidatos apresentados, ao Palácio do Planalto..
Alckmin e Meirelles correm contra o tempo e tentam se viabilizar na corrida presidencial, assumindo posição de centro.
Alckmin e Meirelles correm contra o tempo e tentam se viabilizar na corrida presidencial, assumindo posição de centro.

FONTE: NEY LOPES

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