NEY LOPES ANALISA POSSÍVEL CANDIDATURA DE CARLOS EDUARDO

Do editor

Na leitura de sua mensagem anual na Câmara Municipal de Natal, o prefeito Carlos Eduardo manteve uma postura discreta em relação a sua candidatura ao governo do estado e destacou, com ênfase, aspectos positivos de sua administração.

A leitura que se faz da presença do Prefeito no legislativo municipal é de que realmente ele será candidato a Governador e age com cautela no anuncio final, de forma a não prejudicar a administração.

Por outro lado, dá sinais de que o seu “cartão de visitas” na campanha será a valorização da gestão, exemplificando com vários mandatos à frente da Prefeitura da capital.

Com esse comportamento, o “candidato” molda um discurso capaz de atender a expectativa generalizada da sociedade, que aspira a presença no Executivo de um gestor eficiente, que retire o Estado do caos atual.

Observa-se que, talvez, o prefeito Carlos Eduardo tenha que adotar outras cautelas no perfil que anunciará como pretendente ao governo.

Ele enfrentará dificuldades muito sérias em seu palanque já anunciado, o que dispensa comentários.

Uma das cautelas certamente  seria o “cuidado” de anunciar ações corretivas do pretenderia fazer à frente do Executivo e, sobretudo, dá sinais prévios de que, embora apoiado por um grupo político, terá independência de agir, sem as influencias que hoje maculam os governos no país.

Todavia, para que a independência política de Carlos Eduardo seja assimilada pela população teriam que existir sinais concretos e palpáveis.

Esses sinais seriam as suas escolhas, a partir do companheiro de chapa, nomes confiáveis na disputa eleitoral e até “possíveis” auxiliares da Administração futura, que poderiam começar a trabalhar e agir durante a campanha.

A busca da inovação administrativa será a “palavra chave”.

Fugir da “mesmice“, que há anos faz com que o RN “ande para trás“, enquanto estados vizinhos “sonham”, superam problemas idênticos, avançam e crescem.

Será necessária a presença do “sonho” no planejamento estadual para tentar o lucro social e não apenas o “pragmatismo”, que somente se justifica, numa visão do lucro privado.
Chamam-se de “sonhos” propostas complexas e difíceis de implantação, mas que seriam definitivas para consolidar o nosso crescimento.

Uma área de livre comércio, no Grande Natal, é um desse sonhos, que os iluminados das administrações estaduais nunca deram importância, sequer para dizer por quê são contra.
Enquanto isso, o Ceará caminha para implantar esse polo exportador e turístico, no Norte e Nordeste.

O RN, com a melhor posição geográfica das Américas, “passa batido”.

Tal ponto de vista nasce do fato de que a campanha de 2018 exigirá dos candidatos uma coisa chamada “verdade”.

Quem optar por maquilagens de marketing, se dará mal.

O eleitor quer saber o passado, o presente e antecipar o futuro dos candidatos e do seu grupo político, o que não significará a exigência de que todos sejam “puros e imaculados” e tenham de ser rejeitadas as adesões políticas de pessoas ou grupos, porventura questionados.

Isso não, pois somente estimularia a hipocrisia e o farisaísmo.

Política se faz com as virtudes e as imperfeições humanas.

Qualquer  possível dúvida deve ser enfrentada e explicada, sem temores, numa ótica legal e humana.

Caberá ao eleitor julgar.

O candidato terá que falar claro, justificar o que porventura tenha ocorrido no seu passado público, explicar claramente as alianças e as intenções no presente e anunciar “metas”, sem transformá-las em promessas de campanha, que tanto decepcionam o eleitor.

Todos esses fatores farão com que, de agora por diante, a tarefa de Carlos Eduardo seja complexa.

Exigirá, sobretudo, muita compreensão de quem se disponha a integrar o seu palanque, na eleição majoritária.

A exigência número um será que a campanha se desenvolva em clima de verdade, nada escondido do eleitor e transformada num compromisso público de atitudes concretas, em relação ao futuro do Estado.

Ninguém duvide: a campanha de 2018 será diferente de todas as outras já realizadas no Brasil, desde a Proclamação da República.

Não se trata de candidato novo, ou velho.

A exigência será transmitir confiança, experiência e credibilidade do candidato.

O eleitor rejeitará aventuras.

Ganhará nas urnas, quem entender isso com clareza e agir de forma diferente do passado.

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