RN: NEY LOPES ANALISA AS CHANCES ELEITORAIS DE ROBINSON

Editor

O pleito de outubro próximo poderá ser chamado de “eleição do desespero”ou do “tudo ou nada”, para pelo menos 40% dos partidos políticos existentes no país.

Em razão disso surgem os “especialistas” em matéria de previsão eleitoral, cálculos estatísticos, projeções para o futuro com base no passado, quocientes etc.

Diversos “palpites” e estratégias circulam nos bastidores dos partidos
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CHANCES DE ROBINSON NA REELEIÇÃO

No caso da eleição de Governador do Rio Grande do Norte, por exemplo, as análises são feitas com base nas presumidas “chances” de reeleição do governador Robinson Faria.

O primeiro dado estatístico levantado é que, no passado, os governadores que tentaram a reeleição, mesmo com grandes desgastes, tiveram percentuais razoáveis de votação, por terem nas mãos as chaves do cofre.

É desconhecido, se os tempos em 2018, pós Lava Jato, serão outros.

Uma incógnita!

Os números indicam que Fernando Freire em 2002 teve 30,89% no primeiro turno e no segundo turno 38,95% dos votos.

Iberê Ferreira em 2010 alcançou 36,25%, sem que houvesse segundo turno.

Dizem os “palpiteiros” que nem Iberê, nem Fernando, foram às urnas com atrasos no pagamento dos salários dos servidores, que pode ser fatal para a rejeição.

Esse é um fato novo no caso de Robinson Faria, que, entretanto, poderá ser revertido, ainda.

Além de “pagar os atrasados”, as chances reais do governador Robinson Faria disputar a sua reeleição e chegar ao segundo turno dependeria da existência de pelo menos dois ou três concorrentes, com razoáveis potenciais de votos na disputa.

No caso será a permanência das candidaturas de Carlos Eduardo e de Fábio Dantas.

Note-se que, em 2002, Fernando Freire somente chegou ao segundo turno, em razão da candidatura de Fernando Bezerra ter atingido 19,93% e Rui Pereira obter 11,24% dos votos, totalizando 31 por cento dos votos, portanto, um terço do eleitorado.

Em 2010, Iberê Ferreira também quase chegou ao segundo turno, pelo fato dos seus votos (36,25%) terem se somado aos de Carlos Eduardo Alves (10,37%), totalizando 47% da votação válida.

Com as candidaturas de Carlos Eduardo e Fábio Dantas, o governador Robinson Faria, mesmo desgastado (o mesmo ocorreu com Fernando Freire e Iberê, à época), teria possibilidade de ir para o segundo turno, se mantida a média histórica para governador, em disputa da reeleição.

Essa lógica, por exemplo, teria assegurado tranquilamente a ida de Rosalba Ciarlini para o segundo turno, em 2014, com chances totais de ganhar para Henrique Alves.

O seu próprio partido – o DEM – cassou a sua candidatura, através de ato de força inusitado na política nacional.

Se valer a “dança dos números estatísticos”, muitas surpresas ainda poderão surgir na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte, em outubro próximo.

Entretanto, a  principal preocupação da eleição de 2018 será a eleição proporcional, com foco na bancada de deputados federais.

SOBREVIVÊNCIA DOS PARTIDOS PEQUENOS

Em 2018, a sobrevida de um partido considerado pequeno exigirá, no mínimo, 1,5% dos votos válidos para deputado federal, distribuídos em pelo menos um terço dos Estados.

Em 2030, o porcentual será de 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço dos Estados, com um mínimo de 2% em cada um deles.

Como o fim das coligações, a partir de 2020, a única medida que pode ter impacto em 2018 é a cláusula de desempenho, também chamada “de barreira”.

O patamar mínimo para que um partido tenha acesso ao Fundo Partidário e tempo de rádio e TV no horário eleitoral cresceu progressivamente.

Foi excluída da mudança a permissão para que partidos pudessem formar federações.

Pelo visto muitas legendas pequenas irão desaparecer, depois de outubro.

É só aguardar.

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