BLOGUEIRA THAÍSA GALVÃO RESUME O DEBATE DA BAND
Num debate onde se esperava que o alvo dos demais candidatos fosse o
líder nas pesquisas Jair Bolsonaro, eis que o presidenciável do PSL
parece ter sido…poupado.
Foi assim o 1º debate das eleições 2018, promovido pela Band nesta quinta-feira.
As provocações se voltaram mesmo para Geraldo Alckmin, que terá o maior tempo, disparado, na propaganda eleitoral.
Alckmin foi associado ao presidente Temer o tempo inteiro.
Além de Bolsonaro e Alckmin, participaram do evento Marina Silva
(Rede), Ciro Gomes (PDT), Álvaro Dias (Podemos), Guilherme Boulos
(PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Cabo Daciolo (Patriota).
O candidato do PSDB garantiu manter a reforma trabalhista e foi
criticado, principalmente por Ciro Gomes que chamou a nova lei de
“aberração”.
“Mantenho a posição, reforma trabalhista vai estimular mais emprego”,
disse o tucano, que defendeu o Bolsa Família e prometeu água para o
semiárido nordestino.
Meirelles também defendeu o programa social.
Álvaro Dias reafirmou: quer o juiz da lava-jato, Sérgio Moro, como seu ministro da Justiça.
Boulos esquentou o debate morno fazendo perguntas a Bolsonaro.
Aliás, o candidato do PSOL foi o único a futucar Bolsonaro, chamando-o, inclusive, de “machista”, “racista” e “homofóbico”.
Boulos falou de Wal, segundo ele, reforçando reportagem da Folha,
“Wal é funcionária fantasma, que cuida dos cachorros do Bolsonaro em
Angra dos Reis. Wal é vítima. Bolsonaro é a velha política corrupta. O
senhor não tem vergonha?”, questionou Boulos. “Teria vergonha se
invadisse casa dos outros”, respondeu Bolsonaro ao candidato do PSOL.
Boulos disse que Bolsonaro tinha apresentado dois projetos e comprado 5 imóveis: “Mais imóveis do que projetos”, atacou Boulos.
Bolsonaro tentou dizer que não discrimina mulheres sugerindo que no
seu governo elas passarão a ter salários mais altos do que os dos
homens.
Falou de um projeto de sua autoria, que fará castração química de
estupradores que quiserem reduzir suas penas. “Mas as mulheres de
esquerda são contra”, ironizou Bolsonaro.
“Pela honra e glória do Senhor Jesus”…o Cabo Daciolo, o franco
atirador do debate, defendendo auditoria na dívida pública, redução de
impostos, greve dos caminhoneiros, militares e o combate à corrupção.
“Eu sou o Cabo Daciolo, servo do deus vivo, sou cristão, bombeiro
militar e dizer ao meu companheiro Bolsonaro: você não é o único não,
irmão. Eu estou aqui. Nação brasileira, nós estamos aqui e vamos
transformar a nação brasileira para honra e glória do senhor Jesus”,
‘discursou’ o Cabo, que é deputado pelo PSOL, sentindo-se nos seus dias
de glória…
Marina alfinetou Alckmin dizendo que é preciso tomar cuidado quando o
“condomínio já está cheio de lobo mau querendo comer o dinheiro da
vovozinha”.
“Quero lembrar que eu nunca fui do PT e nem ministro do PT. Deixar
bem claro que somos de uma outra linhagem”, disparou o tucano contra
Marina, criticando-a por já ter sido do PT, do PV, e agora Rede.
Boulos provocou risos ao associar Meirelles a Michel Temer:
“Você não é apenas o candidato do Temer. Aqui nesse debate tem 50
tons de Temer. Aliás, quem diz que quer coisa nova, tem que pensar no
que fez no verão passado”, disse Boulos.
Oficializado pelo PT como o candidato do partido, Lula nem participou
do debate nem teve espaço reservado a ele como queria o partido.
A justiça ignorou o desejo petista.
Lula também foi ignorado pelos candidatos.
Com exceção de uma citação feita por Guilherme Boulos, Lula não foi um tema discutido pelos presidenciáveis.
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