SUBMARINO ARGENTINO DESAPARECIDO FOI ENCONTRADO
O
submarino ARA San Juan, desaparecido há um ano nas águas do Oceano
Atlântico, com 44 tripulantes a bordo, foi localizado, informaram neste
sábado (17) o Ministério da Defesa e a Marinha da Argentina.
A
confirmação dos dois órgãos oficiais foi divulgada na conta da Marinha
no Twitter, em mensagem que confirmou que no ponto de interesse 24,
informado pela empresa norte-americana Ocean Infinity, mediante
observação realizada com um veículo submarino operado remotamente, houve
uma identificação positiva do ARA San Juan.
A
embarcação está em uma região de cânions (espécie de rios submarinos)
no Oceano Atlântico. Segundo indicou a Ocean Infítiny, o submarino
estava localizado a 800 metros de profundidade, a 600 km da cidade de
Comodoro Rivadavia, onde se tinha montado o centro de operações durante a
busca.
A
Armada Argentina disse também que familiares dos tripulantes
desaparecidos foram informados sobre a localização do submarino antes do
anúncio oficial no Twitter.
Os
trabalhos de busca no oceano, nos quais diversos países participaram
nos primeiros meses, se delimitou a 430 km do litoral, em torno de uma
área onde várias agências internacionais assinalaram que detectaram uma
explosão horas depois do desaparecimento do submarino.
Não há ainda informações sobre a operação de resgate do submarino.
A empresa americana encarregada da busca ao submarino argentino, a Ocean Infinity,
havia encontrado um novo “ponto de interesse” nesta sexta-feira (16),
ao localizar um objeto de aproximadamente 60 metros de comprimento.
O
mais recente relatório de busca divulgado pelo corporação militar
detalha que a companhia Ocean Infinity informou ontem à noite sobre esse
novo contato – o número 24 da operação de busca que teve início no
começo de setembro – depois de revisar imagens obtidas previamente.
A equipe ainda rastreia e investiga a área com um veículo operado por controle remoto.
Por ter encontrado o submarino, a Ocean Infinity irá receber do governo argentino US$ 7,5 milhões.
Foi
no início do último mês de setembro que a empresa americana Ocean
Infinity, contratada pelo governo argentino, retomou o rastreamento do
leito marinho, mas também não teve sorte.
“O
primeiro lugar onde eles começaram a buscar era onde ocorreu a última
comunicação. Ali não estão. Nós começamos a pedir que comecem a buscar
onde se escutaram os barulhos do casco”, afirmou na quinta-feira passada
a irmã de Alberto Sánchez, tripulante do submarino, durante uma
homenagem por ocasião do aniversário de um ano do desaparecimento.
Desaparecimento há 1 ano
Na
quinta-feira (15), o desaparecimento do submarino completou um ano.
Quando a embarcação sumiu, voltava do porto de Ushuaia – onde realizou
exercícios militares – para a base naval de Mar del Plata, trajeto no
qual, a 400 km do litoral e dois dias depois, fez sua última
comunicação.
Horas
antes, o comandante havia alertado de uma falha provocada pela entrada
de água por um conduto de ventilação que vazou no compartimento das
baterias elétricas e produziu um princípio de incêndio.
Embora
a Marinha argentina tenha garantido em várias ocasiões que essa falha
foi “corrigida” e que o San Juan continuou navegando para Mar del Plata,
o certo é que seu rastro foi perdido e nunca chegou ao porto dessa
cidade, onde deveria ter atracado em 19 de novembro.
No
meio de uma grande incerteza, várias agências internacionais relataram
uma explosão horas depois do desaparecimento do submarino, perto donde
se perdeu a sua pista.
Naquele momento, começou uma intensa operação de busca, que contou com a ajuda de dezenas de países.
Os
parentes dos desaparecidos criticam duramente a gestão do governo tanto
no que diz respeito ao desaparecimento como à posterior operação da
Ocean Infinity, conhecida por participar da infrutífera busca pelo avião da Malaysia Airlines, desaparecido em 2014.
G1
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