RELATÓRIOS DA CGU APONTAM PERDA DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOS CORREIOS DE 90%
Relatórios da Controladoria Geral da União (CGU) apontam que a
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, estatal que detém o
monopólio de serviços postais no Brasil, acumulou prejuízos brutais
desde 2011, resultando em uma perda de patrimônio líquido de 90%. A
empresa está em situação falimentar. Segundo o relatório de auditoria
feito pela CGU ao qual ISTOÉ teve acesso, a má gestão do PT foi
responsável por uma grande queda de sua receita entre os anos de 2016 e
2017, período em que o lucro da estatal foi reduzido em R$ 900 milhões.
Ou seja, além da corrupção e dos desvios, o PT teve a proeza de quebrar
os Correios com barbeiragens administrativas em série.
De acordo com o relatório, durante a administração do PT os Correios
sofreram uma redução gradativa de suas aplicações financeiras, item que
contribuiu para a falta de liquidez. Em 2011, no início da gestão de
Dilma Rousseff, os Correios tinham aproximadamente R$ 2 bilhões em
aplicações financeiras. Mas essa gordura foi sendo queimada ao longo do
tempo e, em 2017, o volume de aplicações chegou a R$ 990 milhões. Para a
CGU, esse dado revela “dificuldade na obtenção/reposição de recursos
financeiros, gerando risco para a manutenção do giro operacional da
estatal”.
Um dos pontos citados pela CGU como problemáticos diz respeito ao
aumento de 15,7% no passivo da empresa. Somente entre os anos de 2011 e
2016, os Correios elevaram os gastos com salários e consignações em R$
180 milhões e as obrigações trabalhistas em mais R$ 124 milhões. O
curioso é que isso aconteceu apesar da empresa ter desligado 6,1 mil
empregados no ano de 2017 num plano de demissões voluntárias. A crise
administrativa levou a empresa à bancarrota.
Fonte: Revista Istoé
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