DESDOBRAMENTO DA REVELAÇÃO DOS POLÊMICOS DIÁLOGOS DE MORO E DALLAGNOL
Painel
A fresta que faltava A revelação dos polêmicos diálogos de Sergio Moro e Deltan Dallagnol moveu
estruturas nos bastidores da política e do Judiciário. No Congresso,
dirigentes de partidos voltaram a falar no projeto que pune o abuso de
autoridade. No Judiciário, a exposição de possíveis erros do ex-juiz
abriu caminho à rediscussão de ações que questionam a prisão em segunda
instância. Membros da OAB receberam sinais de que Dias Toffoli,
presidente do STF, pode pautar o assunto no segundo semestre.
Hora do bote A cúpula do Congresso decidiu não atropelar os fatos e aguarda novos desdobramentos e revelações de bastidores da Lava Jato para dar tração a articulações como a que condena o abuso de autoridade.
Do próprio veneno Há quem pregue inserir no projeto sobre abuso trecho que reproduza, ao menos em parte, proposta que consta no pacote anticrime de Moro e
que veda a indicação ao STF “de quem tenha, nos quatro anos anteriores,
ocupado mandato eletivo federal ou cargo de Procurador-Geral, AGU ou
ministro de Estado”.
Timing Integrantes de siglas de esquerda e
advogados acreditam que as revelações de bastidores da Lava Jato feitas
pelo site The Intercept Brasil amainaram o ambiente e podem levar a uma
discussão menos apaixonada da prisão em segunda instância.
Timing 2 A avaliação é a de que os episódios
narrados pelo site mostram que pode haver vícios na primeira instância, o
que justificaria o esforço de esgotar as etapas recursais antes da
decretação de prisão.
Tá falando com quem? Conselheiros da OAB sugeriram à
direção do órgão que interpele o ministro Luís Roberto Barroso. Após as
reportagens do The Intercept, ele disse à GloboNews que tem
“dificuldade de entender a euforia que tomou os corruptos e seus
parceiros”.
Por extenso Advogados querem que o ministro nomeie
os eufóricos. O conselheiro Guilherme Batochio sugeriu no grupo do
conselho que a Ordem o questione formalmente.Crise na Lava Jato reaviva
debates sobre abuso de autoridade e prisão em segunda instância.
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