RN: HOSPITAL RUY PEREIRA FICA SEM COMIDA


Redação/Portal da Tropical

Os acompanhantes dos pacientes que estão internados no Hospital Ruy Pereira fizeram protesto, na noite de quinta-feira (16), após a unidade de saúde parar de oferecer as refeições. Na tentativa de terem a reivindicação atendida, homens e mulheres fizeram um bloqueio em frente à casa de saúde. 
De acordo com um dos acompanhantes envolvidos no protesto, a situação vem se arrastando a dias. “A gente tá sofrendo com isso desde segunda-feira. Sabemos que os profissionais estão trabalhando com uma equipe reduzida, por não estarem recebendo. Já estávamos recebendo um mal atendimento e agora com a falta das refeições para os pacientes e os acompanhantes, piorou. Estamos pedindo ajuda para que uma pressão seja feita nos órgãos públicos”, disse o homem à TV Tropical. 
O homem continua, “Acabamos de sair de uma reunião com o pessoal da nutrição, que informou sobre a falta de alimentos não ser responsabilidade deles. Muitos aqui irão precisar sair para comer”. Ele explica que muitos dos acompanhantes são do interior e não tem dinheiro para comprar comida. “Tem gente aqui que precisará pedir ajudar na rua pois moram longe e não aguentam mais a fome”, expõe. 
Uma senhora que participava do protesto revela que a situação está no limite. “A última vez que comemos foi pela manhã. Tem gente com dor de cabeça de tanta fome e muitos aqui já passaram mal”, desabafou. 
Protestantes aida revelaram que os pacientes também não estão se alimentando como deveriam. “Para os pacientes eles só serviram dois copos de sopa”, disse uma das participantes do protesto.  
Durante o protesto, a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) enviou uma nota retorno. 
“A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informa que está dando o máximo de celeridade ao processo de pagamento às empresas Jaguari, JMT e Safe, responsáveis pelos serviços de lavanderia e nutrição, respectivamente, nos hospitais públicos do RN. O atraso no repasse se deu devido a não inscrição dos restos a pagar de 2019. 
Importante salientar que para garantir a continuidade da assistência aos pacientes, as unidades hospitalares estão adaptando processos de trabalho, como alteração nos cardápios. 
Ressalta ainda que para que os serviços não fiquem prejudicados, está acionando a Procuradoria Geral do Estado em busca de conseguir manter o mínimo legal de 70% dos trabalhadores em cada uma das unidades hospitalares.”
Nenhuma previsão foi dada aos usuários do sistema de saúde pública. 

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