Durante a Marcha dos Prefeitos 2025, em Brasília, ganhou força nos bastidores uma articulação que começa a tomar forma no cenário político do Rio Grande do Norte: a possibilidade de união entre a direita potiguar e o grupo do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), nas eleições de 2026.
A avaliação predominante entre lideranças é de que, diante do desgaste da esquerda no Estado, as forças conservadoras e de centro-direita tendem a se unir em torno de um projeto comum, deixando divergências de lado em nome da viabilidade eleitoral.
Fontes ouvidas durante o evento revelam que conversas entre aliados do PL e interlocutores de Allyson já estão em andamento, ainda que de forma reservada. O movimento seria uma tentativa de construir uma coalizão ampla contra o grupo da governadora Fátima Bezerra (PT), que mantém influência, mas enfrenta dificuldades políticas e administrativas.
Apesar das críticas recentes de figuras ligadas a Álvaro Dias e a nomes tradicionais da direita contra o prefeito mossoroense, o clima é de que as arestas serão aparadas. “Na política, é comum se atacarem hoje e se abraçarem amanhã”, disse um interlocutor.
Segundo observadores, o próprio tom dessas críticas pode fazer parte de uma estratégia de visibilidade, testando reações e preparando o terreno para uma futura composição.
A expectativa é de que Allyson Bezerra emerja como nome de consenso para liderar uma frente que reúna União Brasil, PL e outras siglas alinhadas ao bolsonarismo potiguar. Caso o pacto se confirme, o pleito de 2026 promete forte polarização, e Brasília já se tornou o palco onde esse enredo começou a ser costurado.
📎 Fonte: Jair Sampaio
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