A reunião desta quinta-feira (13) da Federação União Brasil/Progressistas, realizada em Natal, revelou tensões que aliados do prefeito Allyson Bezerra tentaram minimizar. Embora a imprensa governista tenha destacado que o encontro teria “fortalecido” o nome do prefeito para a disputa ao Governo do Estado, o foco da cúpula — liderada por José Agripino e João Maia — era outro: evitar uma crise nas nominatas e a perda de quadros importantes.
A principal preocupação gira em torno da saída de Nina Souza, cuja ida para o PL de Rogério Marinho é tratada como praticamente certa. O União Brasil tenta mantê-la na sigla para não enfraquecer a nominata federal, que já corre risco de perder força e comprometer o objetivo de eleger três deputados. A ausência de Carla Dickson, também de malas prontas para o PL, reforçou o sinal de alerta interno.
No âmbito estadual, o cenário também preocupa. A Federação teme não conseguir montar uma chapa competitiva caso mantenha a regra de não aceitar nomes de mandato. Sem uma “esteira” adequada, as reeleições de Neilton Diógenes e Taveira Jr. ficam ameaçadas, o que aumentou a pressão por mudanças na estratégia.
Mesmo diante do ambiente instável, Allyson insistiu em antecipar o debate sobre o anúncio de sua pré-candidatura ao governo. Parte da Federação rejeita essa pressa e quer adiar a definição para abril, com receio de fragilizar o prefeito de Natal, Paulinho Freire, que mantém um acordo com Rogério Marinho e ainda precisa consolidar sua base local.
O encontro contou com a presença dos deputados Benes Leocádio, Robinson Faria e João Maia; dos prefeitos Paulinho Freire e Allyson Bezerra; e do ex-senador José Agripino. Uma nova rodada de conversas foi marcada para dezembro, quando a Federação tentará resolver a crise e alinhar os próximos passos rumo às eleições de 2026.
Ao fim, Paulinho Freire ainda cogita montar uma nominata de deputado estadual pelo Republicanos.
Fonte: Ismael Sousa
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