O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisará, na próxima terça-feira, 4 de novembro de 2025, um recurso que discute a quebra de sigilo bancário e mandados de busca e apreensão contra o advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que atuou na defesa de Adélio Bispo de Oliveira — autor do atentado contra o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em 2018.
A decisão questionada foi proferida pela Justiça Federal e autorizou a investigação das movimentações financeiras do advogado entre 6 de setembro e 1º de dezembro de 2018, período imediatamente posterior ao ataque ocorrido em Juiz de Fora (MG). O objetivo da medida é apurar quem teria financiado a defesa de Adélio.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) recorreu da decisão, sustentando que a quebra de sigilo viola as prerrogativas profissionais da advocacia, especialmente o direito à inviolabilidade do sigilo entre advogado e cliente, previsto no Estatuto da OAB. A entidade argumenta que o advogado não é alvo direto de investigação e, portanto, não poderia ter seus dados sigilosos expostos.
Por outro lado, as autoridades que pediram a quebra defendem que o interesse público na apuração de um possível envolvimento de terceiros no atentado se sobrepõe ao sigilo profissional. O caso será apreciado pela 5ª Turma do STJ, que poderá fixar um importante precedente sobre os limites da investigação estatal em relação ao sigilo da advocacia.
🔹 Fonte: Poder360
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