JUSTIÇA DA BOLÍVIA PEDIU A PRISÃO DE EVO MORALES
A Justiça da Bolívia anunciou um novo pedido de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, acusado de abuso sexual e tráfico de pessoas. A decisão foi divulgada pelas autoridades bolivianas nesta sexta-feira (17/1).
Estupro
- As acusações de estupro e tráfico de pessoas contra Evo Morales vieram a tona em outubro de 2024.
- Segundo autoridades da Bolívia, o ex-presidente teria estuprado uma menina de 15 anos enquanto governava o país.
- A disputa judicial envolvendo Morales acontece em um momento de incerteza política na Bolívia, marcado pelo racha na esquerda do país
O pedido de prisão contra o líder cocaleiro, que governou o país entre 2006 e 2019, foi emitido após Morales não comparecer a uma audiência que discutiu o caso. Esta é a segunda vez que o ex-presidente não comparece a compromissos jurídicos relacionados ao caso.
Em dezembro do último ano, o líder cocaleiro afirmou que era vítima de uma “guerra judicial” na Bolívia, sob o comando do seu ex-aliado e atual presidente do país, Luis Arce. A declaração de Morales, que nega as acusações, aconteceu após o Ministério Público do país solicitar sua prisão após ele se negar a depor sobre o caso.
O cerco contra Morales surge em meio a divisão política na esquerda boliviana. Em meados de 2021, o ex-presidente e o atual mandatário do país, Luis Arce, entraram em rota de colisão após disputas internas sobre o futuro do partido Movimento ao Socialismo (MAS), até então comandado pelo líder cocaleiro.
Arce, que também faz parte do MAS, foi expulso da sigla após não comparecer a um evento que definiria o nome para disputar as próximas eleições do país.
Após o episódio, Morales foi impedido de concorrer as eleições de 2025 depois que um tribunal do país derrubou uma decisão de sua antiga administração, que definia a reeleição na Bolívia como um “direito humano”.
Fonte: Metrópoles
Comentários
Postar um comentário