Com a proximidade das eleições de 2026, o governo federal deve passar por uma ampla reformulação ministerial. Pelo menos 20 dos 38 ministros precisarão deixar seus cargos até abril do próximo ano para cumprir a legislação eleitoral. A informação foi apurada pelo Valor Econômico e repercutida nesta sexta-feira (26).
A expectativa no Palácio do Planalto é que as mudanças resultem em uma equipe mais técnica, embora o processo possa gerar desafios na articulação política junto ao Congresso Nacional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve iniciar, no começo de 2026, reuniões individuais com ministros que pretendem disputar cargos eletivos. As substituições devem ocorrer de forma escalonada, com secretários-executivos assumindo interinamente as pastas até o fim do mandato.
Entre os movimentos previstos, ao menos oito ministros devem concorrer ao Senado, considerado estratégico pelo governo por sua influência em pautas como indicações para agências reguladoras e processos envolvendo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Outros cinco ministros avaliam disputar vagas na Câmara dos Deputados, entre eles Gleisi Hoffmann, atual ministra das Relações Institucionais, cuja eventual saída pode impactar diretamente a relação do governo com o Legislativo.
Dois ministros estudam disputar governos estaduais: Márcio França (Empreendedorismo), em São Paulo, e Renan Filho (Transportes), em Alagoas. Já o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, deve deixar o cargo para atuar diretamente na campanha de reeleição do presidente Lula.
Na área econômica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cogita se afastar para integrar a coordenação da campanha e é citado como possível candidato ao Senado ou ao governo de São Paulo. Caso isso se confirme, a Junta de Execução Orçamentária também deverá passar por mudanças.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, deve se afastar para disputar o Senado pela Bahia. Já Simone Tebet, ministra do Planejamento, avalia a possibilidade de mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo e concorrer ao Senado, hipótese que ainda está em negociação com o presidente.
Outros integrantes do primeiro escalão, como Marina Silva (Meio Ambiente) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), também analisam cenários eleitorais. As discussões sobre a reorganização do governo ocorrem desde o primeiro semestre, antecipando acordos políticos para o pleito de 2026.
Fonte: Portal Grande Ponto (com informações do Valor Econômico)
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