Pular para o conteúdo principal

A ORIGEM DO CONFLITO ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA

 

A origem do conflito entre as duas nações

Com o colapso da União Soviética em 1991, países que antes faziam parte da URSS passaram a se associar à Otan, como: Lituânia, Letônia e Estônia. A Ucrânia também manifesta interesse em fazer parte da organização. Só que, pelo fato de fazer divisa com a Rússia e ser um antigo pedaço russo, Putin não a considera como Estado soberano, mas sim uma parte de seu país. Por isso, o presidente russo quer voltar a ter influência sobre a região e redesenhar as fronteiras geopolíticas da era Soviética. Esse é um dos motivos pelos quais ele não quer que a participação ucraniana na Otan aconteça, pois alega que essa ação prejudicaria seu país e seria uma ameaça existencial à Rússia, já que fala que o lugar onde a Ucrânia se encontra hoje possui armas nucleares, assim como a região da Polônia, onde se localizam as bases de mísseis da Otan.

Desde sua fundação, em 1991, a Ucrânia ficou dividida. “Um lado poderia se aproximar da União Europeia e o outro manter os laços com a Rússia, mas parte da elite do país acreditou ser melhor e mais benéfico estar junto com os países do ocidente”, explica o cientista político. Mas a Rússia não está disposta a ceder uma terra que já lhe pertenceu, e por isso ela tenta recuperar seu domínio sobre esses territórios. “O primeiro início de invasão aconteceu em 2014, na Crimeia, e culminou na anexação de províncias separatistas. Agora, estamos vendo um segundo lance de preservar a Ucrânia do seu lado. Naquele momento, apoiadores pró-Rússia foram retirados do poder”, contextualiza Consentino em relação às duas tentativas russas de ter novamente poder sobre as terras ucranianas.

Neste segundo ataque russo em oito anos, é possível ver o ocidente com uma ofensiva muito maior. “Eles não estão tolerando essa tentativa da Rússia de se impor sobre a soberania da Ucrânia”, diz o cientista político. Na terça-feira, 22, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e representantes da Alemanha, Reino Unido e França adotaram sanções contra os atos de Putin. Nesse primeiro momento, Biden anunciou que autorizou o envio de tropas norte-americanas para a Letônia e Lituânia, e que a partir de quarta-feira, 23, o banco militar russo e o VTB estariam bloqueados, além do fato de que a Rússia não pode mais conseguir dinheiro no ocidente.

Diante desse cenário, Consentino não acredita que haja uma solução fácil para o conflito, visto que nenhum dos dois lados quer abrir mão de suas exigências. Para ele, a melhor maneira seria escolher a diplomacia e ouvir qual o desejo da Ucrânia, pois “se somos pautados pela carta da ONU, que diz que cada país decide seus próprios termos, é preciso ouvir o desejo dos ucranianos”. Questionado sobre acreditar em uma possível invasão, o pensamento do especialista é igual ao de Joe Biden e do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. “Se entender invasão como ataques pontuais, me parece que já aconteceu. Se olharmos nesse momento e em momentos anteriores, vamos ver que já aconteceu e ainda está acontecendo. Uma invasão completa acho mais improvável, porque é um custo muito alto, tanto do ponto de vista efetivo e de recursos, como de reputação. Agora, pequenos avanços sobre a soberania da Ucrânia, vamos continuar tendo”, finaliza.

Jovem Pan

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÓLAR DISPARA

  O dólar voltou a fechar em alta nesta sexta-feira (1°), desta vez no segundo maior valor nominal da história (descontada a inflação):  R$ 5,8698.  No dia 13 de maio de 2020, a moeda americana chegou aos R$ 5,9007, seu recorde. Em meio às turbulências econômicas no Brasil e no mundo,  o dólar acumula alta de 20% em 2024.   O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, fechou em queda. Nesta semana, investidores esperavam definição do governo federal sobre o corte de gastos previsto para este fim de ano, o que não aconteceu. A equipe econômica busca cumprir a meta de déficit zero para as contas públicas em 2024. O mercado financeiro espera que esse pacote indique cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões nos gastos públicos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta semana entender a “inquietação” do mercado, e que vai apresentar cortes. Mas disse também que não há data para a divulgação dos planos, e que a decisão de...

NATAL: PESQUISA ELEITORAL

  Pesquisa do instituto Real Time Big Data para a Prefeitura de Natal (RN), encomendada pela  RECORD  e divulgada nesta quinta-feira (26), indica Carlos Eduardo (PSD) à frente da disputa, com 40% das intenções de voto no levantamento estimulado, quando uma lista com os possíveis candidatos é apresentada aos eleitores. Na sequência, aparece Paulinho Freire (União Brasil), com 28%, em empate técnico com Natália Bonavides (PT), que tem 22%. Rafael Motta (Avante) aparece com 3%. O levantamento foi realizado com 1.000 entrevistados, entre os dias 24 e 25 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número RN-08348/2024, tem um nível de confiança de 95%. Heitor Gregório 

NATAL: PESQUISA EXATUS

 Pesquisa do Instituto Exatus Portal de Notícias AGORA RN divulgada neste sábado 26, mostra que considerando apenas os votos válidos, ou seja, aqueles votos que serão computados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o resultado do segundo turno das eleições municipais em Natal, Paulinho Freire aparece com 56,59% e Natália Bonavides, com 42,98%. A pesquisa, encomendada pelo portal de notícias AGORA RN, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RN-01805/2024. Para isso, foram ouvidos 1.000 eleitores nos dias 22 e 23 de outubro, conforme a proporção do eleitorado por zona eleitoral, bairro de moradia, sexo, faixa etária e escolaridade. A margem de erro é de 3,1%, para mais ou para menos, com 95% de confiança. DECISÃO DO VOTO Foi perguntado ainda aos entrevistados se eles já estavam decididos sobre o seu voto, ou se ainda poderiam mudar até o dia da eleição. Dos 1.000 ouvidos, 90,3% disseram já ter seu voto decidido, enquanto 4,6% afirmaram que ainda poderi...