MOSSORÓ: UFERSA VAI DEMITIR TRABALHADORES TERCEIRIZADOS
A Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) anunciou a demissão de 27 funcionários terceirizados, gerando um clima de incerteza entre os trabalhadores e suas famílias. Os cargos afetados incluem profissionais da segurança, limpeza e manutenção. Segundo foi informado ao Blog, a medida é consequência de dificuldades orçamentárias enfrentadas pela instituição em 2024.
A ex-reitora Ludimilla Oliveira contestou as justificativas apresentadas pela atual gestão, afirmando que o déficit orçamentário estaria superestimado. Em ofício, Ludimilla destacou que valores considerados no cálculo do déficit ainda não foram empenhados, como a licitação de seguros, prevista para outubro, e outras despesas contratuais que, segundo ela, não refletem a realidade financeira da universidade nos meses finais do ano, quando há redução de gastos devido ao recesso acadêmico.
A ex-reitoria também mencionou o impacto do bloqueio de R$1,28 bilhões no orçamento da Educação pelo Governo Federal, o que tem limitado novos empenhos desde julho de 2024 e afetado o funcionamento de todas as universidades federais.
Ludimilla criticou também as justificativas apresentadas pelo Conselho de Administração (Consad), que se reuniu hoje, destacando gastos durante momentos críticos para a segurança, como a fuga de dois detentos do Presídio Federal e os ataques de facções em 2023. Na ocasião, a Ufersa ofereceu suporte, acolhimento e alimentação a diversos agentes de segurança que se alojaram na universidade.
"Os argumentos utilizados foram absurdos. Passamos por momentos de muita dificuldade, como a fuga dos dois detentos do Presídio Federal e os ataques considerados terroristas. Durante esse período, enquanto gestão, fizemos o que era possível e o que faríamos novamente se a situação se repetisse. Quer dizer que apoiar a polícia, a Força Nacional e a Polícia Penal, oferecendo apoio logístico institucional aos órgãos de segurança, é errado? É ser irresponsável? Isso trouxe à instituição o caos que estão alegando hoje?", questionou Ludimilla.
Ismael Souza
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