FERNANDO BEZERRA É O NOME PREFERIDO DE GARIBALDI

Por Ciro Marques
Henrique Alves, presidente do PMDB, já teria convidado Fernando Bezerra para ser candidato do partido no próximo ano
Henrique Alves, presidente do PMDB, já teria convidado Fernando Bezerra para ser candidato do partido no próximo ano
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB), afirmou mais uma vez, na tarde de hoje (24), que não será candidato ao Governo do Estado em 2014. Contudo, isso não quer dizer que na véspera de natal o assunto “candidato a governador do PMDB” ficou sem novidades. Pelo contrário: em entrevista ao Jornal do Dia, da TV Ponta Negra, Garibaldi afirmou que, por ele, o empresário Fernando Bezerra seria o nome do partido para a disputa eleitoral do próximo ano.
“A minha (preferência)? É (Fernando Bezerra), mas não decido sozinho. Se pudesse lançar um candidato, eu sinceramente fazia um apelo aos correligionários e lançaria o nome de Fernando Bezerra. Ele ainda disse que está estudante, pensando, examinando o quadro. Mas eu diria que ele é um nome viável do meu ponto de vista”, respondeu Garibaldi Filho quando questionado se a preferência dele para ser o candidato do PMDB no próximo ano era mesmo o empresário potiguar.
Segundo Garibaldi Filho, o ex-senador, ex-ministro da Integração Nacional e atualmente empresário Fernando Bezerra seria o nome certo para resolver a crise financeira pela qual o Governo atravessa. “Temos um nome, que é um nome bem cotado no plano nacional, porque já foi ministro, e é um nome para enfrentar as dificuldades do estado atravessa, onde o governante é um mero pagador da folha de pagamento, porque o Estado perdeu a capacidade de investimento”, justificou Garibaldi, logo depois de dizer que está fora da lista de potenciais candidatos ao Governo.
Garibaldi Filho: "
Garibaldi Filho: “Fernando Bezerra é o nome para o governo enfrentar essas dificuldades” 
O nome de Fernando Bezerra para o Governo do Estado não é, necessariamente, uma novidade nas rodas peemedebistas. Já é cotado para ser o candidato do partido desde setembro, quando o PMDB rompeu com a gestão estadual e anunciou que teria candidato próprio. Bezerra, inclusive, teria até sido convidado por Henrique Alves, presidente da Câmara dos Deputados e do partido no RN, para a missão. Contudo, ainda não deu resposta. Tampouco, havia sido defendido de maneira tão direta e clara quanto foi por Garibaldi Filho na tarde de hoje.
O que faz Fernando Bezerra ainda não ter dado a resposta é o receio por encontrar certa resistência até entre os correligionários, consequência do fato dele estar afastado do cenário político desde 2002, quando disputou o Governo do Estado e perdeu para Wilma de Faria (potencial candidata no próximo ano). “Eleitoralmente, há quem diga que tendo se afastado da politica ele teria algumas dificuldades, mas eu acredito que (o PMDB) haveria de ter um nome de candidato forte com ele”, defendeu Garibaldi.
Por sinal, apesar de ressaltar por diversas vezes que não “decide sozinho” e que não tem autoridade para lançar um candidato, “porque o presidente do partido é Henrique Alves (presidente da Câmara dos Deputados)”, Garibaldi Filho afirmou que seja qual for o nome peemedebista, a sigla estará unida. “O PMDB não pode decidir antes de março. Você sabe muito bem, divergimos na última eleição, mas eu creio que nos vamos convergir para a do próximo ano”, afirmou.
Em 2010, para quem não lembra, Garibaldi ficou do lado da então candidata Rosalba Ciarlini (DEM), enquanto Henrique Alves apoiou o nome Iberê Ferreira para o Governo. Rosalba ganhou e Henrique acompanhou Garibaldi no Governo até setembro deste ano, quando o partido rompeu com a gestão estadual, alegando falta de interlocução e o objetivo de lançar um “nome próprio” para o Governo.
Alianças
Ainda com relação a 2014, Garibaldi Filho afirmou que o PMDB deverá trabalhar também uma larga rede de alianças, que vai desde um dos extremos do cenário político, o DEM de Rosalba Ciarlini e José Agripino, até o outro, o PT de Fernando Mineiro e Fátima Bezerra. “Não temos condição de lançar um candidato próprio que não tenha atrás de si ou convergindo para ele um amplo arco de aliança. Então, parece chavão, mas vamos conversar com todo mundo, o mundo todo”, afirmou ele.


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