COLUNA DO JORNALISTA TÚLIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE

A cúpula da coligação comandada pelo deputado Henrique Alves, teve que se reunir extraordinariamente ontem para evitar que as labaredas originadas da candidatura de Wilma de Faria atingissem todo o grupo. A queixa do povo de Wilma é de que o grupo de Henrique está admitindo a lideranças do interior, que a mãe de Márcia já perdeu a eleição.
PRESSÃO
Wilma foi para cima de Henrique com força de guerreira e disse que não admitia ser tratada como derrotada. Naturalmente que Henrique negou a informação de que havia falado com lideranças interioranas sobre a possível consolidação da vitória de Fátima Bezerra. Wilma fez que acreditou; mas pressionou por mudança.
RETA FINAL
Wilma de Faria exigiu dos líderes do acordão, respaldo total para alavancar sua candidatura na reta final da campanha. Claro que todos se comprometeram em ajudar a mudar o quadro adverso que a mãe de Lauro enfrenta atualmente.
BACURAU
O problema não é a cúpula partidária. Afinal, Wilma não tem do que reclamar da família Alves, por exemplo. Garibaldi Filho engoliu todos os sapos possíveis para gravar uma mensagem de pedido de votos para quem ele não gostaria de pedir. Henrique tem feito o possível para levar estimular o voto casado. Carlos Eduardo também tem pedido o apoio de todos para Wilma. O problema é o bacurau, que não gosta de Wilma e não quer votar nela para o Senado.
MUDANÇA
Mudar o voto do bacurau descomprometido não está sendo fácil. Uma coisa é ligar para um amigo mais próximo, uma liderança resistente. Outra coisa é identificar um bacurau sem ligações com lideranças que não aceita o respaldo do PMDB de Aluízio Alves a Wilma de Faria.
GUERREIRA
Wilma perdeu espaço para Fátima por uma série de erros que cometeu antes e durante a campanha. Porém, ninguém conte com derrota da mãe de Lauro antes do tempo. Por mais que não admita publicamente, ela sabe que está em desvantagem para Fátima; mas sabe também que pode reverter se usar sua força no corpo a corpo junto ao eleitorado, especialmente em Natal. É improvável que ela reverta; mas em eleição, tudo é possível.
BANDIDO
Numa campanha com as cartas praticamente marcadas para deputado federal, em um cenário que impede a eleição de qualquer nome que não seja do ‘sistema’, eis que surge no Seridó o Cição Bandido, que tem feito várias mobilizações até maiores do que a dos candidatos tradicionais, apoiados pelas lideranças locais. Se Cição Bandido vai ter uma grande votação ou não, é esperar o dia da eleição.
DELATOR
A pressão que cresce a cada dia, poderá resultar na obtenção, por parte dos integrantes da CPI, do depoimento do delator Paulo Roberto Costa, que afirmou ter uma lista de recebedores de propina no escândalo da Petrobras. Se vazar o depoimento até a véspera da eleição, poderá produzir um  efeito devastador em quem for citado com detalhes.

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