SÃO TOMÉ E SÃO PAULO DO POTENGI FORAM PESQUISADAS NA PESQUISA DA SETA
A série de pesquisas Seta/Nominuto vem provocando incômodo em profissionais da imprensa que nutrem certa simpatia pelo candidato Henrique Eduardo Alves (PMDB), um dos principais nomes da corrida estadual.
No dia 21, quando a Seta/Nominuto apontou, pela primeira vez, o cenário de empate técnico entre Henrique (34%) e Robinson Faria (31,2%) no primeiro turno, atentos blogueiros questionaram a soma das intenções de voto que resultou em 100,1%. Não houve erro, como bem explicou Daniel Menezes, diretor do Instituto Seta de Pesquisas.
Segundo Menezes, a somatória da pesquisa pode superar em 0,1% os 100% porque o programa de tabulação (SPSS) usado pelo Seta apresenta os resultados até a primeira casa decimal e arredonda as demais.
O Datafolha já foi questionado por uma soma que deu 103%. O Ibope foi questionado várias vezes por motivo semelhante, e assim respondeu o renomado instituto:
"No caso da intenção de voto, a soma dos percentuais totaliza 101% devido ao critério de arredondamento dos percentuais, visto que não utilizamos em nossos relatórios os dados com casas decimais. Nestes arredondamentos, podemos ter casos que somam 99% (ou menos) ou 101% (ou mais), como no referido caso. O arredondamento é um conceito matemático básico, que determina que entre 0,0% e 0,4% são arredondados para 0%, enquanto os valores superiores a 0,5% são arredondados para 1%", informou o Ibope.
Portanto, os "patrulheiros" das pesquisas questionaram uma coisa sem o mínimo conhecimento técnico.
A mesma má vontade se verificou no último domingo (28), quando a Seta/Nominuto apresentou Henrique e Robinson praticamente empatados na corrida pelo governo neste primeiro turno. O candidato do PMDB tem 33% e o do PSD tem 32,3%. Na simulação de segundo turno, Henrique tem 35,4% e Robinson tem 35,2%.
Vixe, mainha! Os atentos "patrulheiros das pesquisas" sapecaram manchetes do tipo "Instituto Seta não pesquisou Grande Natal, Seridó, nem litoral".
Meu Deus! O céu desabou na cabeça dos bacuraus.
Em nota, o paciente Daniel Menezes EXPLICOU a um dos blogueiros inquisidores. É bom ressaltar: ele não justificou o erro. Menezes explicou o questionamento típico de um aluno de quinta série:
Prezado Jornalista,
Há um grave equívoco em sua postagem sobre o último levantamento do Instituto Seta veiculado em parceria com o nominuto.com. A pesquisa trabalhou com quatro mesorregiões: Agreste, Central, Oeste e Leste. Estas regiões contemplam TODOS os municípios do RN. Por exemplo: a região metropolitana de Natal se encontra na mesorregião leste potiguar. É possível achar as demais citadas no mapa do IBGE. Envio o mapa no corpo do texto, para que não paire dúvidas.
Segue cidades pesquisadas nas mesorregiões:
AGRESTE: Nova Cruz, João Câmara, Santo Antônio, São Paulo do Potengi, Lagoa Salgada, São Tomé, Passa e Fica, Lagoa de Pedras, Japi, Lagoa D´anta, Coronel Ezequiel, Bento Fernandes. CENTRAL: Caicó, Currais Novos, Macau, Santana do Matos, Jardim de Piranhas, Carnaúba dos Dantas, São Bento do Norte, Fernando Pedrosa, Bodó, Santana do Seridó. LESTE: Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Macaíba, São José de Mipibu, Canguaretama, Touros, Extremoz, Arez, Baia Formosa, São Miguel do Gostoso. OESTE: Mossoró, Assu, Apodi, Pau dos Ferros, São Miguel, Baraúna, Ipanguaçu, Alexandria, Patu, Tenente Ananias, Itajá, Portalegre, Antônio Martins, Itaú, Janduís, Encanto, Serrinha dos Pintos, Triunfo Potiguar, Venha-Ver.
Certo de que fará a devida correção,
Daniel Menezes
O questionamento dos "patrulheiros das pesquisas" mereceu uma gozada de Aldemir Freire, técnico do IBGE, no Rio Grande do Norte. Pelo twitter, Freire indagou:
"Bom dia. Alguém aí precisando de aulas de geografia do RN? Mesorregiões do estado: Oeste, Central, Agreste e Leste".
Aldemir Feire ainda passou a lição de casa: "Veja e localize no mapa abaixo uma das mesorregiões".
FONTE: NO MINUTO
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