A pesquisa, divulgada no Congresso da Sociedade de Cardiologia da Ásia, analisou 687 homens com média de 59 anos de idade. Entre eles, 56% tinham diabetes, 57% pressão alta e 45% histórico de DAC. Também entre os voluntários, 68% eram casados com uma mulher, 19% com duas, 10% com três e 3% com quatro. “Encontramos uma associação entre o número crescente de mulheres e a gravidade e quantidade de bloqueios nas artérias”, explica Dr. Amin Daoulah, responsável pelo estudo.
Segundo ele, a poligamia, comum em regiões da África, Oriente Médio e partes da Ásia, exige dos homens manterem financeiramente e de maneira igual as esposas e filhos, e não as obriga a viverem na mesma casa, ou seja, o marido não tem uma residência fixa e é obrigado a se locomover constantemente entre alguns endereços. “Estes homens precisam de mais de uma renda, muitos trabalham em empregos extras e viajam muito. Eles também precisam dar sustentação emocional a elas e tudo isso pode ser estressante”, diz o especialista.
O professor Michel Komajda, da Sociedade Cardiológica dos Emirados Árabes Unidos, diz que a pesquisa mostra que é preciso incentivar os cuidados para evitar casos de doenças cardíacas nos integrantes destes modelos de família. “Sabemos há muito tempo que estresse na vida familiar causa danos e aumenta riscos de DAC, mas agora será interessante também estudar os efeitos da poligamia entre as esposas”, disse.
Terra
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