NOVELA "GREVE NO ABC" CONTINUA

Conversei com Felipe Augusto Leite, presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol do Rio Grande do Norte, que participa de um seminário na CBF, sobre áudios que vazaram onde ele cobra de alguns  jogadores do ABC  que se apresentaram hoje (26) e que devem jogar sábado, inclusive com palavras ofensivas.

Felipe confirmou o teor da conversa dos áudios, mas disse que foi uma conversa de um sindicalista, de um ex-jogador com jogadores e teve o intuito de  sacudir o grupo: ” Os jogadores mais experientes rebateram nesta mesma conversa do grupo de onde vazaram áudios, a atitude dos jogadores que se apresentaram, alegando que todos estavam juntos no mesmo barco. Os demais jogadores disseram na conversa, cobraram ,  vocês recebem o dinheiro de vocês e abandonam a gente, como pode?  Apelei e falei para sacudir, já que a revolta no grupo é generalizada”.

Foto e ameaças: ” Eu disse que vou botar uma foto para mostrar os furões da greve, isso é muito grave. Foi isso ai que aconteceu. Inclusive eu disse que eles  me procuraram para ser advogados deles  e eu disse que não aceitaria ser advogado, disse  que iria com eles como presidente do sindicato. Disse para que eles se tocassem, voltassem atrás e tomassem uma atitude coletiva. A decisão é coletiva, tem que respeitar os colegas. Minha posição foi essa. E foi uma conversa interna de grupo, restrita, uma conversa de orientação do presidente do sindicato para que a decisão chegasse para o coletivo e não apenas para um grupo. O linguajar que questionam foi um linguajar de ex-jogador para jogador. Foi isso”.

Felipe Augusto disse ainda que hoje na chegada ao Rio de Janeiro recebeu uma ligação de Rui Barbosa, o novo vice de futebol do ABC e pediu que o clube fosse objetivo e que mantivesse a proposta da primeira Ata para que ele pudesse conversar com os jogadores e garantir o retorno do grupo ao trabalho: ” Mesmo na semana quando estava fora de Natal insisti com o grupo para fazer os jogos contra o Guarani e contra o Náutico já que eles não queriam mais jogar. Foi esta semana em Caruaru depois do jogo contra o Náutico quando eles souberam que não tinha mais dinheiro, que disseram que não iam mais jogar. Pedi calma e disse que íamos notificar o clube antes de ir para a Justiça e acionar rescisões contratuais. Foi isso que eu fiz, em respeito ao clube. Recebi a diretoria do clube, ouvi a contra proposta, antecipei uma assembleia para dar tempo do grupo voltar a treinar. Agora não admito que uns trabalhadores recebam dinheiro por causa da paralisação e outros não. Isso eu não aceito e por isso fui forte em uma conversa interna, em defesa do grupo. 

Lamento muito tudo o que aconteceu, o vazamento de uma conversa interna e quero dizer que nunca trabalhei contra o ABC, sempre atuei em favor da categoria que eu represento, mas Marcos Lopes, não vou jamais aceitar que três ou quatro furem uma greve, se beneficiem do esforço e do sacrifício da maioria. Isso de jeito nenhum eu aceito”.

MARCOS LOPES

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