BOLSONARO LIDERA PESQUISA ELEITORAL
Quase um ano após ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda é o nome mais competitivo da direita e, se pudesse disputar uma eleição hoje, estaria tecnicamente empatado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que aponta um levantamento divulgado nesta sexta-feira, 24, pelo instituto Paraná Pesquisas.
Segundo a pesquisa, se fosse realizado hoje um primeiro turno com a participação de ambos os candidatos, Bolsonaro levaria 38,8% dos votos contra 36% de Lula. Nesse cenário, Bolsonaro foi o único nome da direita testado. Os demais candidatos foram o pedetista Ciro Gomes (que ficou com 8,4% das intenções de voto), o tucano Eduardo Leite (3,4%) e o emedebista Helder Barbalho (1,0%).
Já em uma simulação de segundo turno entre eles, o ex-presidente ficaria com 42% e o petista teria 41,7%. Considerando a margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, os dois cenários configuram um empate técnico. Nesse embate, 11,3% dos eleitores disseram que votariam em branco, nulo ou nenhum, enquanto 5,0% não souberam ou não responderam.
Voto espontâneo
O levantamento do Paraná Pesquisas indica, ainda, que Bolsonaro vem subindo na citação espontânea pelo eleitorado (quando o entrevistador não apresenta uma cartela com nomes de candidatos). Em agosto do ano passado, 12,3% apontaram o nome de Bolsonaro, percentual que agora chegou a 16,1%. No mesmo período, a intenção de voto em Lula oscilou de 22,6% para 19,9%.
Rejeição
Em relação ao potencial eleitoral — ou seja, o grau de apoio ou rejeição do eleitorado em relação aos candidatos –, o panorama traçado pelo Paraná Pesquisas é semelhante. Perguntados sobre Lula, 30,8% responderam que “com certeza votariam” nele, ante 27% que dariam voto garantido a Bolsonaro. Na ponta contrária, 47,4% dos eleitores “não votariam de jeito nenhum” no petista e 48,4% rejeitam totalmente o ex-presidente.
Pesquisa
O instituto entrevistou 2.020 eleitores em 160 municípios distribuídos pelos 26 estados e pelo Distrito Federal, entre os dias 27 de abril e 1º de maio de 2024. O grau de confiança da pesquisa é de 95%.
José Benedito da Silva- VEJA
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