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MOSSORÓ: A MISSÃO IMPOSSÍVEL DE LAWRENCE

 Por: Ismael Sousa


Li a entrevista do presidente da Câmara e pré-candidato a prefeito Lawrence Amorim (PSDB) ao jornalista César Santos (De Fato), (leia aqui) e um trecho chamou atenção. Questionado se é possível colocar na mesma mesa de debate o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o PT, do presidente Lula, o vereador afirmou que sim. Para ele, é possível. "Se isso ocorrer, não seria uma novidade. Em outras cidades, existe essa abertura em nome de uma discussão local", respondeu Lawrence.

Lawrence considera a possibilidade de colocar na mesa de negociações dois partidos antagônicos que divergem em questões ideológicas. É praticamente impossível ver figuras como Genivan Vale e Rogério Marinho no mesmo palanque que Isolda Dantas e a governadora Fátima Bezerra. Água e óleo não se misturam, tanto no plano municipal quanto estadual e nacional. Apesar disso, Lawrence tem ambições de unir toda a oposição, um objetivo que ele sabe ser difícil de concretizar.

Lawrence possui o poder de articulação para agregar parte da oposição a Allyson em Mossoró, principalmente devido ao seu partido, o PSDB, estar na base do governo Fátima. Ezequiel, presidente estadual da legenda, é aliado da governadora petista, e seu tio, o deputado Dr. Bernardo (PSDB), também integra a base de sustentação do governo. Abrir diálogo com o campo progressista não será uma missão difícil para Lawrence. No entanto, com o PL, isso não será possível. O PL tem uma identidade própria e uma defesa ideológica que repudia todo pensamento progressista e de esquerda. Genivan está disposto a disputar, mesmo sem o apoio de parte da oposição que milita na esquerda que, naturalmente, vai migrar para Lawrence.

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