A HISTÓRIA DE RAUL CAPITÃO - PARTE III

Cícero Lajes (historiador) - Amante que sou da historiografia local, há algum tempo pesquiso sobre pessoas, lendas, histórias, etc, para escrever causos locais. Ano passado, o estudante Ermenegildo Neto, achou uma edição da Revista Bzzz que muito me interessou, ela dedicou 8 páginas ao Lendário Raul Capitão. Eu dividi a matéria em 5 postagens, segue a terceira.

                 Raul Capitão - Imagem retirada do Facebook de Flaudenízia Silva 
 
 Escrito por Alice Lima - Fonte: Revista Bzzz, Março de 2014, ano 2, nº 9.
 Edição secundária independente para a Internet: Blog Cícero Lajes 
Pelos excessos que cometia, muitas histórias atribuídas à Raul não passam de lendas, de acordo com a família. Outras que parecem lendas, garantem que são reais.
                            
 Foto: Revista Bzzz, no entanto me parece que a onça de Raul era uma parda. Vou apurar.
A onça - Dizem que Capitão criava uma onça para prender pessoas em sua jaula como castigo. Na verdade, ele era apaixonado por bichos. Um dia foi a um circo e viu três animais passando fome: uma onça, um urubu rei e um veado. Não pensou duas vezes e levou-os para casa, onde foram cuidados até o fim. O felino, que não tinha nome, era o grande sucesso. Raul adaptou um automóvel e constantemente o levava para passear pela cidade. Não há registros de pessoas feridas pelo animal, que era considerado bastante manso, por incrível que pareça.

Queimava dinheiro - Falam que o homem era tão rico que queimava dinheiro por brincadeira. Ele gostava muito do que a condição financeira poderia proporcionar na vida e não o desperdiçaria. Pelo contrário, aproveitou todas as notas com afinco. Os sacos, aos montes, eram vistos nos dias de pagamento, mas iam direto para os bolsos dos garimpeiros, aos sábados, além da sua própria conta bancária, claro.

O pagador de contas - Pelo menos uma de suas principais famas segue à risca. Quando chegava aos bares e serestas, pagava a conta de todos os presentes e mandava o dono avisar: "A quem perguntar, diga que Raul Capitão já passou e pagou". Não foi autor de obras sociais, de certo nem as conhecia, porém é famoso por pagar as contas, principalmente de alimentos, de pessoas pobres. "Tá com fome? Vá lá no mercado, comida e diga que o capitão quem mandou".

Pavio curto - Raul tem algo que lembra o famoso "Seu Lunga". Curto e grosso. Em seu último lar, na granja da BR 304, ele gostava da mesa de jantar encostada à parede e sempre sentava na mesma cadeira. Todos os dias, na hora da refeição, pela aproximação, o braço batia na parede. ao notar a cena repetitiva, um filho comentou que seria melhor afastar a mesa. Imediatamente, o patriarca respondeu:"Ninguém mexe na mesa, vou mandar abrir um buraco na parede". No outro dia, estava lá o espaço mantido até hoje. História contada e comprovada pelo neto Romero.
                           
                                Foto: Revista Bzzz, canto de parede retirado por Raul Capitão
Exímio atirador - O minerador atirava como ninguém. Mesmo nos últimos anos de vida, praticava o tiro ao alvo. Os netos garantem que ele pedia ao motorista para segurar uma espinha de peixe na boca e atirava certeiro, sem nunca ter errado aquele alvo.

                               Foto: Revista Bzzz, porte de arma de Raul Capitão

FONTE: BLOG DE CÍCERO DE LAJES

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