NATAL: PRÉ-CANDIDATOS A PREFEITO
Por Allan Darlyson
Com o final do ano chegando, os partidos já começam a montar as estratégias visando o pleito do ano que vem. Já existem pelo menos 10 nomes que se colocam para a disputa. Outros já são cogitados. Até o segundo semestre do próximo ano, quando serão realizadas as convenções, os prefeitáveis tentarão viabilizar seus nomes para a disputa. Quanto mais candidatos, pior para o prefeito Carlos Eduardo (PDT), que será o alvo dos oposicionistas.
Base governista
Candidato natural à reeleição, Carlos Eduardo contará com o apoio do PMDB na disputa do ano que vem. Nas costuras políticas, ele buscará manter PSB e PCdoB na base, mas as legendas ensaiam lançar candidaturas próprias.
Caso o espaço de vice na chapa não seja mantido, os pessebistas projetam uma candidatura própria da ex-governadora Wilma de Faria, da deputada estadual Márcia Maia ou da vereadora Júlia Arruda. Já o PCdoB, colocou o secretário estadual de Esportes e Lazer, George Câmara, como possível nome para concorrer ao pleito.
Opções de Robinson
Se na base do prefeito existem pelo menos três possibilidades de candidaturas, na oposição a divisão é ainda maior. O governador Robinson faria (PSD) busca um nome competitivo para apoiar contra Carlos Eduardo, a fim de eliminar a possível ascensão do prefeito a uma disputa contra ele em 2018. No entanto, ainda não achou uma liderança com potencial competitivo.
A primeira opção, anunciada por Robinson no discurso de sua vitória, no ano passado, seria o deputado estadual Fernando Mineiro (PT). Entretanto, o petista, apesar de ainda se manter pré-candidato, tem uma rejeição crescente do eleitorado natalense, devido à defesa agressiva que faz do governo Dilma Rousseff (PT), reprovado pela grande maioria da população.
A segunda opção cogitada foi o vereador Luiz Almir (PV), que mudará de partido em março. Poderia ser o nome do PSD, mas ele já se indispôs com o governo, fazendo críticas agressivas ao gestor e sua mulher, Juliane Faria, que é secretária de Trabalho, Habitação e Assistência Social. Só uma reviravolta para o apoio ser concretizado. Outra opção é George Câmara, seu auxiliar, mas ainda aliado do seu adversário Carlos Eduardo em Natal.
Revanche
Fortalecido com a vitória para a Câmara Federal em 2014, o deputado Rogério Marinho (PSDB) já anunciou que pretende disputar a Prefeitura de Natal novamente no próximo ano. Embalado com a ascensão popular do PSDB, devido á crescente rejeição ao PT, o parlamentar buscará captar o eleitorado antipetista em torno de sua candidatura.
Para concorrer ao pleito, o parlamentar busca apoios políticos. Conversa com o Solidariedade, do deputado estadual Kelps Lima, que também é cotado como possível concorrente para a eleição municipal majoritária, e com o DEM, do senador José Agripino, parceiro nacional da sigla de Marinho.
Esquerda
A chamada “Frente de Esquerda” poderá lançar duas candidaturas majoritárias. O PSOL já fechou questão em torno do nome do professor Robério Paulino para concorrer à Prefeitura. Enquanto isso, o PSTU ainda avalia as possibilidades. Poderá lançar a vereadora Amanda Gurgel, apoiar Robério ou ainda concorrer com outro candidato. O partido iniciará as discussões neste mês de novembro.
Surpresa
Entre os partidos nanicos, aqueles com pouca representatividade política, dois já anunciaram que terão candidaturas próprias. O suplente de deputado Luiz Gomes será o candidato do Partido Ecológico Nacional (PEN). A empresária Wilma Wanderley é a pré-candidata do Partido Trabalhista Cristão (PTC).
Além das candidaturas já cogitadas, novos nomes poderão aparecer de surpresa. O deputado federal Rafael Motta (PROS), que foi parlamentar do ano como vereador de Natal e tem se destacado no primeiro ano em Brasília, é visto como um bom candidato para disputar a chefia do Executivo. Jovem, sem rejeição e com trânsito livre nos mais diversos setores políticos, Rafael pode surpreender no pleito, se vier a concorrer.
Quem também pode aparecer na eleição é o ex-vereador Renato Dantas. Ele informou que procura um partido para disputar a eleição. Para concorrer, tenta um recurso na Justiça para reverter a decisão que o deixou inelegível por causa da Operação Impacto.
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