TEMER BUSCA APROXIMAÇÃO COM DIAS TOFFOLI
Segundo informa o Estado de hoje, 25, depois do desgaste no relacionamento com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, o presidente Michel Temer começou a se aproximar do ministro Dias Toffoli, que assumirá a Corte em setembro de 2018.
As conversas entre os dois provocaram desconfianças e estocadas do outro lado da Praça dos Três Poderes.
O mais recente diálogo com Toffoli ocorreu em 19 de novembro, no Palácio da Alvorada.
Temer já havia manifestado há tempos a intenção de chamá-lo para um café, mas preferiu esperar a “poeira baixar” depois que a Corte julgou processos delicados, como o pedido para afastar o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no caso JBS.
Opinião do blog – Em princípio não haveria contra indicação de um Presidente da República aproximar-se do futuro presidente do Poder Judiciário e preservar relações amistosas.
Afinal, um país democrático não pode cultivar eternamente a semente da desconfiança e a acusação tácita de que qualquer diálogo entre autoridades constituídas significaria indícios de corrupção ou outros crimes.
No início do período da Ministra Cármen Lúcia era evidente a sua aproximação com o Presidente Temer, que a considerava “solução de consenso”.
O relacionamento se complicou a partir do instante em que o Palácio do Planalto avaliou que ela teria feito articulações para ser indicada, em caso de eleição indireta no Congresso, como o nome que assumiria o comando do País até 2018, se Temer não resistisse às denúncias de corrupção.
Desde essa época, a relação entre os dois ficou estremecida e hoje é distante e protocolar.
A ministra Cármen Lúcia, entretanto, chegou a afirmar que o Brasil sobreviveria às delações e rebateu rumores de que poderia ser candidata à cadeira de Temer.
Em conversas reservadas, assegurou que essas especulações não faziam o mínimo sentido.
Quanto ao Ministro Toffoli, vale observar que ele tem vivência e acumula experiência nos três Poderes, o que pode, na visão do Planalto, ajudar a diminuir atritos em um ano eleitoral.
Antes de vestir a toga, ele foi advogado do PT e do ex-ministro José Dirceu, além de assessor da liderança do partido na Câmara, quando Temer era presidente da Casa.
No governo Lula, atuou como subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e advogado-geral da União.
Só resta aguardar o futuro, sem condenações ou restrições prévias.
NEY LOPES
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