RN: NATAL COMPLETA 421 ANOS

 A história da cidade começa no ano de 1598, mais especificamente no dia 6 de janeiro, com a construção da Fortaleza dos Santos Reis, que hoje é conhecida como Forte dos Reis Magos.

 A edificação, que foi colocada de pé a pedido do rei da Espanha, Felipe II, tinha como objetivo proteger a Barra do Rio Grande (como era chamado o território potiguar) e expulsar os franceses que já desembarcavam aqui para contrabandear o pau-brasil. 

Nas circunvizinhanças da Fortaleza, sobretudo onde hoje fica o começo da Ponte Newton Navarro, foi se formando um povoado que, segundo alguns historiadores, foi batizado “Vila dos Reis”. 

Após cerca de dois anos, no dia 25 de dezembro de 1599, a cidade teve seus limites demarcados e foi oficialmente fundada, sendo reconhecida como “Cidade do Natal”. 

Os registros históricos não respondem com exatidão sobre a origem e o responsável pela fundação de Natal. Por mais que historiadores busquem reconstituir esses fatos, os estudos divergem entre si.

 Entre os nomes mais citados dos possíveis fundadores estão: Mascarenhas Homem, Jerônimo de Albuquerque e João Rodrigues Colaço.

 Durante um longo período, Natal se resumia a poucos quilômetros de extensão. O início e o fim do território foram marcados por duas cruzes, uma onde hoje é a Praça das Mães e outra na Praça da Santa Cruz da Bica, ambas localizadas na Cidade Alta. Entre 1633 e 1654, a cidade recém-formada foi alvo de uma invasão Holandesa e chegou até a receber o nome de “Nova Amsterdã”, uma alusão à capital holandesa.

 Os invasores deixaram algumas heranças que, aos poucos, foram sendo incorporadas pela cultura regional. 

Alguns desses costumes, segundo o Padre João Medeiros Filho, abrangem os bordados de Caicó e os queijos de coalho. 

Após esse período, a cidade que ainda era pequena e pouco habitada, começou a crescer gradualmente. 

A partir de 1850, o algodão passou a incrementar a economia e promover um progresso local, sobretudo na região da Ribeira. 

Mas foi somente a partir do século XX que a capital teve um desenvolvimento mais acelerado, com investimento em infraestrutura e no planejamento da cidade – os primeiros bairros e as primeiras avenidas são datados desse período. 

Começa também a história da cidade na aviação, com as primeiras esquadrias aterrissando sobre o Rio Potengi.

 “O primeiro impulso da economia é gerado pelo algodão. A partir da entrada desses valores, da vinda de coronéis, a cidade começa a ver o cenário mudando. 

Eles se preocupam em ter casas grandes e ornamentadas, em ter comércio de produtos finos, em ter espaço de cultura e lazer. 

Todo ‘boom’ de desenvolvimento que temos, vem sempre acompanhado da criação de algum ponto cultural, esse primeiro marcou a construção do Teatro Alberto Maranhão”, conta o historiador Alexandre Rocha.

 Um outro capítulo primordial na história da capital potiguar é a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, ao lado dos Estados Unidos, em 1942. Natal passou a ter uma base americana e recebeu, além de investimentos, uma população de cerca de 10 mil soldados americanos, o que aumentou em 20% sua população. 

Hoje, a cidade tem um total de 890.480 habitantes, que convivem numa área de 167,401 km².


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