PERU DECRETA ESTADO DE EMERGÊNCIA

 O ministro da Defesa peruano, Alberto Otárola, anunciou nesta 4ª feira (14.dez.2022) estado de emergência em todo território nacional por 30 dias. O objetivo da medida é “garantir a ordem, a continuidade das atividades econômicas e a proteção de milhões de famílias”, segundo o chefe da Defesa.

Ao jornal El Comercio, Otárola disse que a medida “se deve aos atos de vandalismo e violência, apreensão e rodovias e estradas”. O decreto limita de forma temporária alguns direitos constitucionais como a liberdade de trânsito pelo território nacional.

Em publicação em seu perfil no Twitter, o ministro disse que os diálogos “em busca de consenso continuam”. Afirmou que o governo peruano “trabalha arduamente para manter a paz”. Declarou também que “as Forças Armadas apoiam a Polícia Nacional”.

Otárola disse que a resolução será publicada nesta 4ª feira (14.dez) em uma edição extraordinária do Boletim de Normas Jurídicas do jornal El Peruano, o equivalente ao Diário Oficial da União no Brasil.

O ministro também disse que um toque de recolher está em avaliação e vai ser decidido também nesta 4ª feira.

Na 2ª feira (12.dez), o governo do Peru decretou estado de emergência por 60 dias em 7 províncias do sul do departamento de Apurímac. A maioria dos protestos foram realizados no local.

O decreto foi publicado nesta 4ª feira no jornal El Peruano.

A medida prevê a inviolabilidade do domicílio e a suspensão da liberdade de reunião e segurança pessoal, além da circulação pelo território.

ENTENDA

Protestos foram realizados no país desde a prisão do ex-presidente Pedro Castillo. Manifestantes pedem a destituição da presidente Dina Boluarte.

Castillo foi detido em 7 de dezembro pela Polícia Nacional depois de dissolver o Congresso e ser destituído do cargo. A então vice-presidente Dina Boluarte, 60 anos, assumiu a presidência do Peru.

Por meio de nota, a Defensoria do Peru informou que 6 pessoas morreram até 3ª feira (13.dez) durante as manifestações.

Poder360

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