O Palácio do Planalto avalia que a CPI do Crime Organizado, recém-instalada no Senado Federal, representa um risco político mais relevante do que a investigação sobre descontos indevidos de aposentados e pensionistas do INSS. A informação é do Blog do BG.
Segundo o portal, a preocupação do governo se deve à alta sensibilidade do tema da segurança pública, reacendido após a operação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes. O Planalto teme que o debate sobre facções e milícias ganhe proporções que desgastem a imagem do governo federal.
Para conter eventuais danos, a base governista articula uma atuação ativa na CPI, indicando nomes como Jacques Wagner (PT-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (MDB-SE). A intenção é evitar que a oposição monopolize o tema da segurança pública e use o espaço como palanque político.
Ainda conforme o Blog do BG, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi orientado a evitar declarações improvisadas sobre segurança pública, justamente para não alimentar polêmicas ou oferecer munição à oposição. O governo quer concentrar a narrativa em pautas sociais e econômicas, como a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e a ampliação do transporte público gratuito, consideradas estratégicas para o ciclo político até 2026.
A CPI do Crime Organizado deve ser oficialmente instalada nesta terça-feira (4), no Senado Federal.
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