O potiguar Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS (CPMI-INSS) nesta segunda-feira (3) e optou por permanecer em silêncio diante de algumas perguntas dos parlamentares.
Abraão Lincoln foi à CPMI amparado por um habeas corpus preventivo concedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu seu direito constitucional de não se autoincriminar. O benefício permitiu que o dirigente comparecesse como testemunha, mas sem a obrigação de responder a questionamentos que pudessem implicá-lo.
A CBPA é uma das entidades investigadas pela Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que apura fraudes em descontos de benefícios do INSS. Segundo as investigações, a confederação teria movimentado cerca de R$ 410 milhões entre maio de 2024 e maio de 2025.
Durante a sessão, os parlamentares destacaram a relevância do depoimento de Abraão Lincoln para esclarecer o suposto esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões. A CPMI já aprovou a quebra de sigilos bancário e fiscal do potiguar e solicitou informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O silêncio do dirigente, embora amparado judicialmente, gerou críticas entre alguns membros da comissão, que defendem a ampliação das investigações para identificar outros envolvidos e eventuais conexões políticas.
O caso segue em análise pela CPMI e pelas autoridades federais responsáveis.
📰 Fonte: Blog de Daltro Emerenciano
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