RN: GOVERNO PERDE DINHEIRO PARA TOMÓGRAFOS
O Governo do Rio Grande do Norte perdeu uma emenda parlamentar no valor de R$ 6 milhões que seria destinada para a compra de tomógrafos em três hospitais do Estado: o Santa Catarina, em Natal, o Deoclécio Marques, em Parnamirim, e o Nelson Inácio dos Santos, em Assú.
O dinheiro, reservado no Orçamento da União pela bancada potiguar na Câmara e no Senado, deveria ter sido usado para adquirir três equipamentos, mas acabou sendo desperdiçado pela falta de entendimento entre governo estadual e Ministério da Saúde ao longo de 2021. O prazo final para utilização do recurso era 31 de dezembro do ano passado.
A denúncia só foi feita nesta quinta-feira (22) pelo deputado federal e candidato à reeleição Benes Leocádio (União Brasil), em entrevista à Tribuna do Norte.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) afirma que tomou conhecimento da destinação do recurso em 8 de julho de 2021. No mês seguinte, disse ter entrado em contato com o Ministério da Saúde para apresentar a documentação exigida. Nesse momento, o Estado pediu ao ministério para que, em vez do Deoclécio Marques, o tomógrafo fosse adquirido para o Hospital João Machado, também em Natal.
De acordo com a Sesap, a resposta do Ministério da Saúde só veio em 7 de dezembro – faltando menos de um mês para o fim do prazo. No documento, o ministério teria pedido ao governo potiguar para retirar o João Machado da lista. O governo estadual insistiu na necessidade do equipamento e apresentou documentos que mostravam que, durante a pandemia de Covid-19, o hospital passou a ter leitos gerais.
A nova resposta do Ministério da Saúde só veio em 28 de dezembro, informando que não seria possível enviar os recursos para a compra de tomógrafos para hospitais da Grande Natal. Foi nesta ocasião que o MS alegou que o número de tomógrafos para a região “ultrapassaria o número de equipamentos de tomografia disponíveis ao SUS”.
Imagens: 98 FM
A Sesap ressalta que procurou o deputado Benes Leocádio para informá-lo sobre o problema e para tratar da necessidade de readequação do projeto, para atender orientação do ministério. “O deputado chegou a visitar o ministério com intuito de colaborar com a aprovação da proposta, e a Sesap elaborou novas justificativas, e somente em 30 de dezembro recebe resposta com solicitação de novas diligências”, afirma o governo.
Faltando um dia para o fim do prazo, não havia mais tempo hábil para resolver o problema.
“Portanto, não resta dúvida que a morosidade do Ministério da Saúde comprometeu e prejudicou a sociedade ao impedir a conclusão de todos os trâmites necessários à compra dos equipamentos”, afirma o governo, no texto.
Imagens: 98 FM
Com informações da 98 FM
Fonte: Portal Grande Ponto
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