COLUNA DE VICENTE SEREJO
PALCO
SINAL – Quem ouve as fontes, principalmente as mais isentas, sente que há consenso, ainda que silencioso, em torno da aliança do prefeito Álvaro Dias com o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves.
PEDANTÊS – A crônica de Ruy Castro sobre o pedantês cafona da linguagem do futebol, é uma aula sobre o bom estilo jornalístico. Lavado e limpo dos preciosismos típicos da macaquice idiota.
GRAVE – A Folha de S. Paulo abriu duas páginas sobre a crise de intervenção que hoje ronda a TV-Cultura, sob o comando do governador Tarcísio de Freitas. O homem pôs as dragonas de fora.
ALIÁS – É típico do populismo: no palanque, o governador de São Paulo defende a liberdade de expressão, mas ameaça essa mesma liberdade com sua caneta ao apoiar a intolerância de auxiliares.
RUMOR – Antes mesmo de ser lançado provoca rumor o novo ensaio de Manuel Cavalcanti Neto comprovando a tese de Lenine Pinto de que o Brasil foi descoberto em Touros e não Porto Seguro.
QUANDO – O livro vai ser lançado dia 8 de maio, no salão do Conselho de Engenharia e Arquitetura e com grande expectativa. Neto ergue a tese a partir de cálculos que revelam todas as suas variáveis.
POESIA – Do poeta pernambucano Mário Rodrigues, os versos que avisam a quem olha a cidade triste, quase morta: “Uma cidade não morre de vez. / Vai morrendo nos que nascem quase mortos”.
TOLOS – De Nino, o filósofo melancólico do Beco da Lama, vendo os sabidos fantasiados de tolos que sabem enganar as almas de boa-fé: “O falso tolo é um bandido social que encanta os salões”.
CAMARIM
RECORDE – Há 54 anos, desde a inauguração, no governo Walfredo Gurgel, 1970, o único hospital geral de urgência enfrenta as mesmas crises. Faltam medicamentos e seus pacientes jogados nos corredores. É o maior recorde de incompetência na história administrativa o Rio Grande do Norte.
PERIGO – Do professor Stuart Russell, da Universidade de Berkeley, EUA, sobre o perigo da Inteligência Artificial (IA), e que fez conferência no Brasil recentemente, no “Seminário Fronteiras do Pensamento”: “Estamos construindo sistemas cada vez mais poderosos e que não controlamos”.
ESPELHO – Bom é ter leitores refinados, como FTC – preservo seu nome – que diante da crônica dos espelho remeteu o poema de Sérgio Milliet ‘Quebrai os espelhos’, com versos assim: “Que vos importam o quando, o como, o porquê, / que curiosidade malsã / vos impede de saber das rugas…”.
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