DEPOIMENTO DE MACARRÃO INCRIMINA GOLEIRO BRUNO


Após duas horas e 40 minutos de interrogatório, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, incriminou no início da madrugada desta quinta-feira o goleiro Bruno ao dizer que foi o jogador que o mandou levar Eliza Samudio até um homem que já a esperava para matá-la. "Eu estava pressentindo que ela iria morrer."


Macarrão, nessa parte do depoimento, começou a chorar. Ele disse ter tentado demover Bruno na ideia de assassinar Eliza.

"Bruno, estou falando, deixa essa menina em paz. O Cleiton já foi preso. O Jorjão já foi preso. Não quero ser mais um a entrar no sistema. Qualquer coisa que acontecer, vão colocar a culpa em mim."

Nesse momento, segundo Macarrão, Bruno teria dito: "faz o que estou fazendo, larga de ser bundão". "Sou pica. Sou Bruno."

Segundo Macarrão, Bruno enganou Eliza, que achava que estava sendo levada a um apartamento.

Macarrão afirmou ter deixado ela perto da Toca da Raposa (CT do Cruzeiro), onde uma pessoa a estava esperando. Ele disse não ter visto o rosto do assassino. "Eu estava apavorado. Quase bati o carro"

Vagner Antônio/Divulgação/TJMG
Luiz Henrique Romão, o Macarrão, conversa com o advogado de defesa
Luiz Henrique Romão, o Macarrão, conversa com o advogado de defesa

Mais cedo, Macarrão havia negado que Eliza Samudio tinha sido sequestrada. Segundo ele, a jovem havia ido por vontade própria do Rio até o sítio de Bruno em Minas Gerais, para receber dinheiro do goleiro.

No início do interrogatório, Macarrão afirmou que diria a verdade e disse que não é o "monstro que estão falando".

Macarrão também falou sobre o golpe que Eliza recebeu quando estava na Land Rover de Bruno, junto com ele e o primo adolescente do goleiro.

Ele negou que ela tenha levado uma coronhada. Disse que nem ele nem o adolescente andavam armados.

Segundo sua versão, houve uma discussão no veículo, o adolescente se irritou e deu uma cotovelada em Eliza, que começou a sangrar. "Foi uma briga feia", afirmou.

Macarrão falou ainda sobre suas funções como "faz-tudo" do goleiro. Disse que, em fevereiro de 2010, Bruno estava endividado --devia cerca de R$ 400 mil.


fonte: Folha de São Paulo



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