COLUNA DO JORNALISTA TÚLIO LEMOS (JORNAL DE HOJE)

O governador eleito Robinson Faria já definiu quem vai cuidar da comunicação de sua gestão: A jornalista Geórgia Nery, que dirigiu a TV Assembleia durante um dos mandatos do pai de Fábio como presidente da Casa. Atualmente, Geórgia apresenta um telejornal na TV Ponta Negra e sempre manteve boa relação de amizade e confiança com Robinson.
EXEMPLOS
Robinson assistiu a dois filmes recentes em escalas diferentes, de como destruir uma gestão e se desmoralizar politicamente: Micarla de Sousa e Rosalba Ciarlini são dois exemplos que devem ser estudados, tanto no aspecto político, como no administrativo.
HUMILDADE
O primeiro passo que evita muitos problemas futuros é o governador conseguir manter a humildade. Afinal, a quantidade de puxa-saco que se aproxima, deixa o ambiente contaminado de vaidade e o gestor acha que pode tudo, que não precisa de ninguém e que tudo que faz é certo. A vaidade em excesso suga a razão, que provoca distorção e miopia a respeito da realidade.
HUMILDADE II
Pode até não parecer, mas controlar a vaidade e manter a humildade fazem toda a diferença na condução do Governo; pelo simples fato de que a ausência da razão, produzida pela vaidade excessiva, não permite que o gestor identifique suas próprias fragilidades e vira alvo fácil dos adversários. Uma das maneiras de evitar ser enganado por bajuladores, é andar, visitar os órgãos públicos, aceitar reclamações e não discutir com a realidade, mas corrigi-la quando necessário. Arrogante não faz isso; quem se submete a isso é quem tem noção exata do que representa.
SOLIDÃO
Quem já passou pelo poder executivo sabe que, apesar de ter sempre alguém ao seu lado, pronto para resolver tudo que você manda, a solidão da decisão é a companheira mais freqüente do gestor. Afinal, ele, somente ele, responderá pelos atos que praticar; ou deixar de praticar. A solidão também serve como válvula de escape para fugir do mundo criado pelos bajuladores e apresenta ao governante alguns momentos de pura razão.
GRATIDÃO
Caso consiga enxergar a vida sem distorção da realidade, o gestor precisa ser grato a quem o ajudou, sem ferir princípios ou macular sua administração. Se os pedidos, que serão incontáveis, representarem riscos à moralidade, não devem ser atendidos. O verdadeiro amigo não pede algo que possa ser bom somente para ele e prejudicar a gestão.
ALIADOS
Um grupo político que chega ao poder é formado por diferentes aliados. Respeitá-los é fundamental, sem ceder a pressões ou chantagens. Rosalba e Micarla erraram feio nesse quesito; ignoraram a força dos aliados e acharam que poderiam fazer tudo sem apoio de ninguém. Imaginaram que todos iriam sugar o Governo e criar problemas. A concentração de poder em pouquíssimas mãos não foi um bom negócio para as duas, nem para a gestão.
MUNDO
Enquanto candidato, o político visita até o que não precisa; quando assume o poder, fica encarcerado em um mundo criado por burocratas e bajuladores. Esse é o perigo. Nesse mundo, a realidade passa longe e o ego do governante é tão massageado que transpassa a razão, entorpece e cega. Como evitar isso? Sair desse mundo imaginário e repetir alguns momentos da campanha, voltar aos mesmos lugares de antes e conversar com as mesmas pessoas. Terá um choque de realidade que ajuda mudar sua forma de pensar e agir.
AVISO
Portanto, Robinson Faria tem tudo para acertar. Viu os filmes dos erros alheios e está totalmente descomprometido com figuras e empresas que poderiam lhe acorrentar ao mundo da corrupção. Precisa manter a razão e dominar a vaidade.

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