RN: NEY LOPES ANALISA PESQUISA
Do editor
Divulgada mais uma pesquisa da FM 98 e Blog do BG sobre a eleição no Rio Grande do Norte.
Nas eleições majoritárias de governador e senador, os números praticamente estáveis, com oscilações dentro das margens de erro.
Isso significa dizer, que ainda se percebe uma possível definição dos “indecisos” e/ou aqueles “que não votam em ninguém”.
Continua o grave perigo, do grande ganhador da eleição serem os “votos brancos e nulos”, o que retiraria a legitimidade dos eleitos.
Para o governo do Estado, Fátima vem oscilando entre 32 e 29 pontos, desde as primeiras pesquisas.
Carlos Eduardo permanece no patamar entre 15 e 17 por cento.
Robinson Faria (10.53%) é quem mostra certa evolução na preferencia
do eleitor e diminui a rejeição (reduziu seis pontos, embora ainda
esteja em 38.85%). Todavia, são baixíssimos os seus índices no item
“credibilidade” e a desaprovação da sua gestão alcança o elevado
percentual 74.88% dos eleitores.
Quase 70% do eleitorado respondem “não sabe em quem votar” e “nenhum”.
Na eleição de senador, mais da metade do eleitorado (50%) opta por “nenhum” e “não sabe” ao responder sobre a primeira e segunda opção (serão duas vagas).
A eleição para o Senado é a única que mostra crescimento e liderança
do candidato Styvenson Valentim, cujo estilo de fazer campanha isolada
vem dando certo.
A segunda vaga mostra o empate técnico entre Garibaldi Alves (14.88) e
Zenaide Maia (11.94). Tudo indica que será uma disputa acirradíssima
entre os dois, já que os demais concorrentes não dão sinais de
crescimento a ponto de alcançá-los, salvo surpresas na reta final.
SEGUNDO TURNO
Admitindo-se que tenha segundo turno para Governador do RN (o que
parece provável), uma tentativa de projeção de prognósticos até as urnas
de outubro conduz a análise para um fator decisivo a considerar: as perspectivas de poder federal dos candidatos.
As dificuldades financeiras do Estado levariam o
eleitor a aproximar o seu voto da influência federal, diante do risco do
RN ficar “a pão e água”, com dificuldades para toda a população.
Parte-se do princípio, de que Bolsonaro tenha vaga garantida no segundo turno.
A dúvida seria Haddad ou Ciro Gomes.
Caso Haddad cresça na disputa presidencial e vá ao segundo turno, Fátima será beneficiada.
O mesmo ocorrerá com Carlos Eduardo, em relação a Ciro Gomes.
Se conseguir chegar ao segundo turno, em disputa com Fátima, Robinson
Faria teria muitos obstáculos, caso o candidato à presidência
fosse Haddad. Apoiaria Bolsonaro, ou manter-se-ia neutro, o que é
péssimo eleitoralmente.
Sendo Ciro Gomes, essas dificuldades de Robinson continuariam, eis
que o PT caminharia sem dúvida para uma aliança nacional com o PDT e
jamais com o PSD ou PSL
.
Pelos precedentes da política nacional, Haddad estando no segundo turno, o PDT de Ciro Gomes o apoiará.
Igualmente, Ciro no segundo turno, terá o apoio do PT.
Por fim, cabe analisar outro fator de grande influência na cooptação eleitoral.
As perspectivas de poder federal dos candidatos a
governador no segundo turno atrairão os apoios dos deputados já eleitos e
as suas bases eleitorais (prefeitos, vereadores e lideranças).
A atração pela ante sala de governo é irresistível, na política do Rio Grande do Norte.
Sobretudo dos deputados estaduais, cuja sobrevivência política historicamente tem sido o Orçamento Estadual , usado sem freios.
Quem demonstrar mais chances de chegar ao poder no Planalto somará
apoios e simpatias, inclusive de outros segmentos, como empresários e
lideranças da sociedade civil.
Verdadeiro “jogo de xadrez”, difícil de destrinchar com antecedência.
Tudo poderá acontecer, embora algumas tendências entre os candidatos a Presidente e Governador estejam se consolidando.
A única alternativa é aguardar os resultados na urna.
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