RN: NEY LOPES ANALISA PESQUISA

Pesquisas eleitorais em segundo turno, quase sempre, são mais fiéis do que no primeiro turno.

Reduz-se o desejo de “agradar o cliente”, impulsionando candidaturas, com números favoráveis.

No segundo turno, o tempo é curto e não dá para justificar “oscilações”.

Saiu hoje, 15, a pesquisa da FIERN para governador do RN.

Os números divulgados apontam diferença de apenas 6 pontos entre Fátima Bezerra (44.61%) e Carlos Eduardo (38.58%), na disputa do governo do RN.

Antes, a distância era de 14 pontos. Agora, empate técnico.

Algumas análises possíveis.

Começa a haver uma movimentação da massa de votos correspondente a 1.098.465 eleitores, que não votaram nem em Fátima, nem em Carlos Eduardo, no primeiro turno: 346.461 sufrágios dos candidatos que não ficaram para o segundo turno; 406.098 da abstenção e 259.795 nulos.

Segundo a pesquisa, quase a metade (47.57%) dos votos dados à Robinson Faria (192.037) estão indo para Carlos Eduardo; de Breno Queiroga o percentual de transferência favorável ao candidato do PDT é de quase dois terços (62.71%) e até mais de um terço (35.71%) dos que votaram em Carlos Alberto, do PSOL.

Feitos os cálculos com os percentuais colhidos na pesquisa chega-se a seguinte conclusão: em média, mais de 170 mil eleitores que sufragaram em outros candidatos migraram para votar em Carlos Eduardo.

É bem verdade que Fátima também recebeu votos, em menor proporção.

Porém, considere-se que mais de 660 mil votos estão flutuantes, equivalentes às abstenções e nulos, do primeiro turno.

Se considerada a inegável onda nacional “anti PT” e a ponderação de que Fátima no governo e Bolsonaro presidente seria uma catástrofe para o RN, a tendência maior é que os votos sejam dados à Carlos Eduardo, sobretudo parte dos 406.098 eleitores que se abstiveram no primeiro turno.

A leitura, portanto, da pesquisa FIERN, em relação à disputa do governo do Estado, é que Carlos Eduardo cresceu, reduziu a distância para Fátima e se acha na largada em empate técnico.

Em política, crescimento na reta final é sempre sinal de vitória.

Quanto à eleição presidencial, não há o que comentar.

Ganhando, ou perdendo no RN, a vitória de Jair Bolsonaro a essa altura é definitiva, salvo fato novo absolutamente não previsível.

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