DEPUTADO FEDERAL LUIZ MIRANDA FAZ GRAVE DENÚNCIA CONTRA BOLSONARO EM CPI

 O deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou nesta 6ª feira (25.jun) que o parlamentar interessado em concluir o contrato da Covaxin, cujo nome teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Ele, no entanto, negou as acusações e disse que a "investigação provará isso".

"A senhora sabe que foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Foi o Ricardo Barros que o presidente falou", disse Miranda, emocionado. "Eu não me sinto pressionado para falar. Eu queria ter dito desde o primeiro momento, mas é porque vocês não sabem o que eu vou passar. Apontar um presidente da República, que todo mundo defende como uma pessoa correta honesta, que sabe que tem algo errado, ele sabe o nome, sabe quem é e não faz nada", completou. 

Miranda demorou mais de sete horas para citar a identidade do congressista. Inicialmente, o deputado disse que não se lembrava e limitou-se a dizer que era apenas um parlamentar da base do governo. "Já fiz um esforço [para lembrar o nome], mas...", afirmou Miranda. "Não lembro exatamente como é a pessoa. Mas, na imagem, você fala o nome e sabe que a pessoa é da base. Mas não me lembro da pessoa, do nome", completou. 

No Twitter, Barros alegou não ter participado de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin: "Não sou 'esse parlamentar citado'. A investigação provará isso. Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esse fatos".

Segundo o Luis Miranda, ele teria alertado Bolsonaro sobre possíveis irregularidades na importação das vacinas indianas. Na conversa, o presidente teria mencionado o nome desse congressista, como um dos interessados em agilizar a liberação dos imunizantes. 

A conversa entre os dois teria ocorrido após Luis Miranda pedir uma agenda com o presidente para alertá-lo sobre supostas fraudes. De acordo com o deputado, trechos dos documentos referentes à aquisição só foram alterados após seu irmão, Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, se recusar a assiná-los.

SBT

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