STF RACHADO
Painel / Folha
A corte trincada Ao reacender a polêmica sobre prisões após condenação em segunda instância, o ministro Marco Aurélio Melloexpôs
as divisões do Supremo Tribunal Federal num momento delicado, a poucos
dias da posse de Jair Bolsonaro (PSL). Um colega do ministro disse
entender sua frustração com a ausência de resposta definitiva do STF
para a questão, mas lamentou a exibição da falta de coesão no tribunal. Reverter logo a medida, como fez o presidente, Dias Toffoli, era o melhor a fazer, afirmou outro.
Me dê motivo Reações agressivas de bolsonaristas
nesta quarta (19) indicaram que o movimento de Marco Aurélio minou
esforços feitos por Toffoli desde a campanha eleitoral para reduzir a
tensão no ambiente político, afastando o STF de controvérsias e adiando
pautas polêmicas como a das prisões, cujo julgamento ficou para abril.
Tragam o jipe O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito, voltou a atacar o tribunal nas redes sociais,
como outros seguidores do pai. O MBL (Movimento Brasil Livre) decidiu
pedir o impeachment de Marco Aurélio. No fim do dia, Eduardo apagou suas
mensagens.
Chamem as renas A decisão do ministro também injetou
entusiasmo no PT. Enquanto advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva corriam para tentar libertá-lo, a cúpula da sigla escalou
militantes para organizar ato em defesa do petista em São Paulo.
Pensando bem A ideia era fazer a manifestação em qualquer cenário, mesmo em caso de derrubada da
ordem de Marco Aurélio para soltar os presos. Mas havia também entre os
petistas o temor de que o protesto fosse esvaziado pelo clima das
festas de fim de ano.
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