CURIOSIDADES COM RELAÇÃO A MEGA SENA DA VIRADA
Estudo da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getulio Vargas
(FGV EMAp) revela que os R$ 200 milhões – valor do prêmio da Mega Sena
da Virada – enfileirados em notas de R$ 50, uma após a outra, dariam uma
fila de 630 km, que é aproximadamente a extensão do litoral do Estado
do Rio. Ou, com cada cédula arrumada lado a lado, o valor total da
premiação cobre o equivalente a 11 campos de futebol.
“Não é aconselhável ficar andando com esse dinheiro por aí, pois o
peso é de aproximadamente 4 toneladas. A coluna de notas arrumadas em
uma única pilha teria altura de mais que 350 metros. Mas organizadas
para ocupar uma área equivalente a uma cama de casal, a altura é de um
metro e meio, não teria como colocar tanto dinheiro embaixo do colchão”,
diz o professor da FGV EMAp Moacyr Alvim Silva.
Ainda segundo o estudo, a possibilidade de a Mega-Sena da Virada ter
um único apostador premiado é 0,6%, levando em consideração que o volume
de apostas é de 350 milhões de bilhetes, similar ao ocorrido em 2015 e
2016. De acordo com o levantamento, a probabilidade maior é que o prêmio
de R$ 200 milhões seja dividido entre seis ou sete vencedores.
“A probabilidade de repartição do prêmio entre seis ganhadores é de
14,9%, o mesmo porcentual de chances de o concurso premiar sete
ganhadores. Portanto, o valor mais provável que cada vencedor ganhará é
de R$ 35 milhões ou R$ 30 milhões (seis ou sete apostas vencedoras,
respectivamente). Em seguida, aparecem as probabilidades de oito e cinco
vencedores, com 13% e 12,8%, respectivamente. A chance de acontecer
nove ganhadores é de 10,1%”, afirma o professor.
Silva destaca que, caso a Mega Sena da Virada tenha um vencedor
único, o sortudo sem investir nada e colocando o dinheiro debaixo do
colchão pode retirar R$ 50 mil todo mês e, mesmo assim, levaria 350 anos
para gastar tudo.
“Investindo em um fundo bem conservador atual, com juros reais de 2%
ao ano, ele pode retirar R$ 345 mil por mês, livre de risco e sem ter
problemas com a inflação. O dinheiro nunca iria acabar”, diz o
professor.
NEY LOPES
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