NATAL: TROCA DE OFENSAS NA SESSÃO DA CÂMARA MUNICIPAL


Os vereadores Luiz Almir (PV), Amanda Gurgel (PSTU) e Marcos Ferreira (PSOL) elevaram o tom, durante a sessão de ontem na Câmara Municipal, e dedicaram parte dos debates do expediente legislativo para  trocar ofensas e agressões mútuas. O embate teve início durante a apreciação de vetos do prefeito Carlos Eduardo Alves a emendas do projeto de lei que estima a receita e fixa a despesa para 2013. Os vereadores mantiveram o corte do chefe do executivo a recursos da Secretaria de Comunicação (Secom), no valor de R$ 120 mil, para a reforma e manutenção de duas praças, localizadas nos conjuntos do Jiqui e Soledade I. Amanda e Marcos divergiram dos demais e a discussão teve contornos de agressividade e críticas ofensivas.
João Maria Alves
Vereadores discutiram de forma acirrada no plenário da Câmara Municipal de NatalVereadores discutiram de forma acirrada no plenário da Câmara Municipal de Natal


Amanda criticou a postura dos parlamentares de acatarem o posicionamento do prefeito, que manteve os recursos na Secom em detrimento das estruturas. Luiz Almir explicou que as justificativas do líder governista na CMN, Júlio Protásio, no sentido de que as  praças seriam modificadas, embora com orçamento de outra pasta da administração,  era suficiente para o voto favorável. Mas ao ser acusado por Amanda e Marcos de se posicionarem na contramão do que almeja a sociedade, passou também a acusar os colegas da bancada de esquerda de "jogarem para a plateia e serem incoerentes". "Pode dar chulé em pé de tamborete que digo o que quiser", disse Almir, arrancando risos da plateia que acompanhava a sessão.



Em um momento mais tenso do debate, Marcos do PSOL, irritado, bradou: "quem quiser ir para o ringue vamos, ir pra bala vamos também". As declarações criticadas pelos presentes. Amanda Gurgel ainda retornou ao debate para dizer que Luiz Almir é acusado por grupo feministas de ser preconceituoso com as mulheres e as minorias. O clima esquentou. Luiz Almir finalizou a discussão frisando que "em casa de pombo urubu não entra", em referência aos colegas.



Os demais parlamentares preferiram estar a margem da calorosa discussão. E discretamente aprovaram a manutenção de todos os vetos do prefeito. "A Semopi possui R$ 7 milhões para investimentos nessas praças e as obras serão executadas, beneficiando a comunidade. Entendemos que esses recursos se retirados da comunicação penalizarão a pasta", explicou Júlio Protásio (PSB), ainda sobre o motivador da discussão.



Durante a sessão, os vereadores aprovaram ainda o projeto sobre a regulamentação da Lei de Incentivo a Cultura Djalma Maranhão. O Projeto de Lei regulamenta o parágrafo 4º do artigo 2º da Lei nº. 4.838/1997, alterada pela Lei nº. 5.323/2001.

Tribuna do Norte

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