PRIMAVERA DO LESTE (MT) - POLÍCIA ESCLARECE ASSASSINATO DA ADVOGADA
No dia em que a morte de Alessandra Martignago completa 30 dias, o delegado responsável pelo caso Rafael Fossari, acompanhado do delegado Regional Percival Eleutério de Paula e do presidente da Ordem do advogado de Primavera do Leste Nelson Manoel Júnior e do conselheiro da OAB Luiz Carlos Rezende, concedeu uma entrevista coletiva na manhã de segunda-feira (29), na sede da delegacia regional de Primavera.
A coletiva foi aberta pelo delegado regional Percival Eleutério de
Paula, que ressaltou que Cristiano Inácio dos Santos, já teria sido ouvido e
teria confessado o crime e que o caso em breve será encerrado pela Polícia
Civil.
O próximo a falar foi o delegado que foi designado especialmente para
investigar o caso, Rafael Fossari, que ressaltou que 20 pessoas foram ouvidas e
que vários pontos foram esclarecidos durante a investigação.
Fossari ressaltou que o suspeito disse que não tinha nenhum tipo de
relacionamento com a vítima e que a hipótese de que o crime tenha sido
encomendado também foi descartada. “O próprio Cristiano, disse que viu a
Alessandra duas vezes, por conta de sua ex-mulher ter trabalhado na casa dela e
que não tinha nenhuma paixão por ela. O crime de mando também foi descartado ,
já que a perfuração que vitimou Alessandra tinha 4 centímetro e uma pessoa
contratada não dá uma facada desse tipo.”
Portanto a hipótese de que Cristiano era obcecado pela vítima foi
descartada após seu depoimento.
Em seu depoimento a Polícia, Cristiano Inácio dos Santos confessou que
teria entrado na casa da advogada, quinze dias antes do crime e que ficou
aguardando ela chegar pois queria dinheiro, só não conseguir render a vítima
nesse dia pois ela estava acompanhada do irmão, mas conseguiu levar vários
objetos pessoais de Alessandra. Inclusive o tênis que ele usava no dia do
assassinato era da advogada.
No dia do crime Cristiano passou o dia bebendo em um bar com amigos, que
foram ouvidos pela polícia, logo depois que saiu do bar ele entrou na casa da
advogada e ficou esperando que ela chegasse, tomou banho de piscina, e pegou
uma faca que estava na área externa da residência. Pela manhã após sair
do banho a advogada abriu a porta e foi abordada pelo assassino e desesperada
começou a gritar. Em seu depoimento Cristiano disse que bateu a cabeça da
vítima várias vezes contra a parede e tapou a boca dela na intenção de que ela
parasse de gritar e a ameaçou com a faca, nesse momento ele disse que só se
lembra que ela dormiu.
De acordo com Fossari, o suspeito negou que tenha violentado sexualmente
a vítima, “Não houve estupro, pois ele deixou claro que a intenção dele era
roubar, ela estava nua, pois havia saído do banho quando foi surpreendida pelo
criminoso.” – destacou.
Quanto ao fato de ele não se lembrar de que andou com o carro da vítima
e do acidente que sofreu ao fugir da polícia o delegado destacou que os médicos
já haviam falado dessa possibilidade. “O médico neurologista que cuida do caso
dele, citou que ele poderia mesmo ter esse problema, mas com o passar do tempo
ele pode vir a se lembrar do que aconteceu. O médico destacou também que há a
possibilidade de que ele tenha tido um surto psicótico durante ou após a ação
criminosa.” – destacou Fossari.
Fossari ressaltou que durante as investigações foi descoberto que 30
dias antes do crime, Cristiano havia entrado em outra casa e furtado dois
frascos de perfume e uma certidão de nascimento.
Cristiano deve ser mantido na Penitenciária Mata Grande, devido ao fato
de ainda necessitar de atendimento médico. “Os médicos ressaltaram que ele
ainda necessita de cuidados médicos e como a cadeia pública de
Primavera não
tem esse tipo de atendimento ele será mantido na Penitenciária, onde também
receberemos o apoio do médico neurologista.” – explicou Fossari.
Para que o inquérito seja finalizado o delegado aguarda a entrega dos
laudos de necropsia e ainda o interrogatório de duas testemunhas. “Acreditamos
que após esses detalhes concluiremos o inquérito.” – disse Fossari.
O advogado e Presidente da Ordem dos Advogados de Primavera do Leste
Nelson Manoel Júnior, ressaltou que o órgão está satisfeito com as
investigações. “Ficamos plena¬mente satisfeitos, pois o fato que nos levou a
designar um advogado especial para cuidar do caso, foi que tivemos a informação
que o crime poderia ter sido cometido devido ao exercício da profissão da
Alessandra, pois havia rumores de que ela era advogada da ex-mulher do
suspeito, mas isso foi esclarecido e desmentido. A Polícia foi bem ágil e em menos
de trinta dias já estamos com o inquérito praticamente concluído e o crime
esclarecido.” –
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