CASO NEYMAR: NAJILA TRINDADE FOI INDICIADA
Najila e Neymar — Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo; Luisa Gonzalez/Reuters
A Polícia Civil de São Paulo indiciou Najila Trindade Mendes de Souza
por fraude processual, denúncia caluniosa e extorsão no caso em que a
modelo acusou o jogador Neymar de estupro durante encontro em Paris no
dia 15 de maio. O ex-marido dela, Estivens Alves, foi denunciado por
fraude processual e divulgação de conteúdo erótico.
O indiciamento vem após a conclusão de dois inquéritos que tramitavam
pelo 11º DP (Santo Amaro) envolvendo Neymar. As peças são
desdobramentos do caso investigado e encerrado junto à 6ª Delegacia de
Defesa da Mulher, sob a presidência da Doutora Juliana Lopes Bussacos.
O pai de Neymar entrou com a ação de denúncia caluniosa e tentativa
de extorsão de Najila. A modelo, por sua vez, denunciou o ex-marido por
divulgação de conteúdo erótico.
Os inquéritos, que seguem sob segredo de Justiça, foram encaminhados
ao Tribunal de Justiça para apreciação dos representantes do Ministério
Público e do Poder Judiciário.
“Com base no conjunto probatório reunido durante as investigações, a
delegada decidiu pelo indiciamento de N. e Estivens Alves seu
ex-companheiro, pelo crime de fraude processual (art. 347, parágrafo
único, CP). Decidiu, ainda, por indiciar Alves pelo artigo 218-C, por
divulgar material com conteúdo erótico de N. para um repórter, em troca
de publicações suas na internet”, diz a nota da Secretaria de Segurança
Pública.
“Após o esclarecimento da materialidade delitiva, procedida à
realização das respectivas perícias e oitivas, a autoridade também
decidiu pelo indiciamento de N. nos crimes de denunciação caluniosa e
extorsão”, diz a nota.
Defesa de Najila
O advogado de defesa de Najila, Cosme Araújo, disse que acha estranho
os indiciamentos da sua cliente, considerando que recentemente foi
feito pedido de acareação entre Najila e o seu ex-marido, Stevens.
Afirmou ainda que sequer a defesa teve resposta da delegada em
relação à tal pedido de acareação e que a noite desta segunda-feira (9),
ao acessar o inquérito na justiça, verificou que existia apenas uma
manifestação do MP para que fosse juntado nos autos elementos que
estavam em autos apartados.
Daí a defesa não teve acesso a informações dos autos apartados, razão
porque não pode se manifestar sobre tais indiciamentos. Assim que tiver
acesso a todo inquérito, a defesa se manifestará.
Caso arquivado
A investigação sobre o suposto estupro foi arquivada julho, depois de
a polícia decidir por não indiciar Neymar. Os depoimentos e provas
apresentados à Polícia Civil pela modelo Najila Trindade, que acusou o
jogador Neymar de estupro e agressão, apresentaram “incongruências”,
conforme escreveu a delegada que investigou o caso no relatório final do
inquérito.
Após dois meses de investigação, a delegada Juliana Lopes Bussacos
anunciou que o caso estava encerrado. “Eu concluí a investigação e
deliberei por não indiciar o investigado por ausência de elementos
suficientes para tanto”, afirmou.
No relatório final, a delegada concluiu que “diante dos elementos
colhidos no curso da investigação policial, não vislumbro elementos para
o indiciamento do investigado, uma vez que as versões são conflitantes,
com incongruências nas declarações da vítima e, principalmente, nas
provas apresentadas pela mesma”.
G1
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