COLUNA DO JORNALISTA TÚLIO LEMOS (JORNAL DE HOJE)
Governador eleito Robinson Faria passou o final de semana ‘fechando’ os nomes de seu futuro secretariado. Ligações e reuniões entre sábado e domingo, serviram para completar a lista de auxiliares. O perfil técnico continuou dando o tom predominante das escolhas.
DIFERENÇA
De um jornalista das antigas, traçando um comparativo entre os nomes divulgados por Robinson e os de outros governantes: “Se o governador fosse Zé Agripino, a gente já sabia o secretariado quase todo desde a campanha; Manoel Pereira, Demétrio Torres, Esdras Alves, entre outros. Se fosse Garibaldi, os secretários seriam Vicente Freire, Lindolfo Sales, Jaime Mariz, José Wilde. Os de Wilma seriam Damião Pita, Wagner Araújo, Graça Motta…”
NOVIDADES
O futuro Governo assume o risco de apostar em novidades fora do padrão convencional e distante do envolvimento direto com a política partidária. Não deixa de ser uma aposta no novo, apesar da idade e experiência de alguns nomes anunciados.
COMPORTAMENTO
Os novos secretários precisam ter humildade e coragem para tomar decisão. As duas situações podem andar juntas. O corajoso de decisão não precisa ser arrogante ou prepotente. O comportamento de um auxiliar de primeiro escalão do Governo precisa ser cordial, educado e respeitoso com todos.
RESULTADOS
A maior parte dos nomes anunciados tem retrospecto positivo em suas respectivas carreiras profissionais. Mas é cedo para avaliar o desempenho individual. A avaliação é positiva pelo perfil dos secretários, mas somente após as medidas tomadas por cada gestor, poderemos ter um quadro mais nítido a respeito dos resultados.
PRECIPITAÇÃO
Qualquer avaliação a respeito do desempenho, somente a partir do nome anunciado, é precipitação. Seja positiva ou negativa, fica carente de respaldo de conteúdo e desempenho real. Convém aguardar pelo menos os dois ou três primeiros meses de atuação para se surpreender ou se decepcionar.
FORÇA
Para um petista de cabelos grisalhos, a coluna comete equívoco quando avalia que Fátima Bezerra tem sido arrogante em relação ao próprio partido. Segundo ele, Fátima é a maior expressão política do PT no Estado e teria força para indicar, diretamente, algum nome para o secretariado de Robinson.
FORÇA II
Segundo o petista, Fátima preferiu levar o nome à discussão do partido, pois pensava que o PT levaria dois ou até três nomes para o governador escolher. Foi traída internamente por uma armadilha do grupo de Mineiro, que ‘inventou’ uma disputa interna para derrotar a irmã de Tetê e terminou enfraquecendo publicamente a imagem da legenda.
FORÇA III
Independente de quem força nas facções e tendências do PT, o partido precisa ter cuidado com essas brigas internas, que às vezes provocam mais prejuízos do que benefícios. A vida orgânica do PT é rica e democrática, sobrevive de discussões e debates, mas precisa dosar o peso de cada decisão, principalmente se for tomada sob o viés da disputa de poder interno.
LEMBRANÇA
O governador eleito Robinson Faria relembrou Cortez Pereira, ao falar a respeito do planejamento do Estado. O marido de Julianne afirmou que o último governador do RN que pensou em planejar o Governo foi Cortez Pereira. Lembrança verdadeira e mais que justa. De lá pra cá, somente maquiagem de qualidade duvidosa.
ARTICULAÇÃO
A articulação política do futuro Governo será comandada pelo ex-candidato a prefeito de Ceará-Mirim, Júlio César e pelo ex-prefeito de Santana do Seridó, Hudson Pereira, que vai ser titular da pasta de articulação com os municípios. Dois interioranos que podem ajudar a abrir as portas da futura gestão para lideranças de todo o Estado.
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