CARNAVAL DO RIO DE JANEIRO
Passou o Carnaval longe da televisão? Bom pra você. Mas se na sua roda de amigos o Carnaval é assunto de primeira ordem, aqui estão sete coisas que você pode comentar para não fazer feio na avaliação da primeira noite de folia no Rio.
Empolgou
Um desfile de criatividade latente, ironia fina e sacadas inacreditáveis marcou a estreia de Paulo Barros na Mocidade Independente de Padre Miguel. Com um samba-enredo contagiante baseado em composição de Paulinho Moska e Billy Brandão, a escola questionou “o que você faria se só lhe restasse um dia”. As alegorias, que vinham todas precedidas por uma mosquinha (homenagem a Moska), ilustravam possíveis respostas à questão do enredo: andar pelado na chuva, se fartar com quem você quiser em um motel, entre outros. Um desfile para se falar por anos a fio.
Decepcionou
Em seu primeiro ano de volta ao grupo especial depois de passar quatro temporadas no acesso, a Viradouro fez um desfile que, além de fraco, teve falhas gigantescas: o braço de uma das esculturas quebrou logo ao entrar na avenida. A escola vai ter que confiar em falhas maiores em outras agremiações para se manter no grupo especial.
Comissão de frente
Paulo Barros matou a pau ainda mais uma vez: na comissão da Mocidade, ele projetou módulos que, juntos, formavam um asteroide e simulavam uma explosão. Quando separados, dos módulos saíam bailarinos, que interagiam com o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira — que, por sua vez, eram todos INCENDIADOS por dois foliões fantasiados de mosca. Logo atrás, fica a Mangueira, que trouxe belas passistas fantasiadas de namoradeiras em sua comissão de frente.
Samba-enredo
A Vila Isabel, que homenageou Isaac Karabtchevsky, falou de música, ballet e ópera num belo samba-enredo. Mocidade, como já dito, também fez bonito.
Pagou mico
Claudia Leitte pagou mico, mas não foi na avenida: ao final do desfile da Mocidade, da qual foi rainha da bateria, ela entrou no estúdio de Carnaval da Globo enquanto o carnavalesco Paulo Barros dava entrevista. Ela simplesmente tomou o microfone e a atenção, sendo um tanto indelicada com o colega de escola.
Musa da noite
Juliana Paes foi o que houve de mais interessante no desfile da Viradouro, escola que abriu a primeira noite de desfiles. A atriz estava deslumbrante caracterizada como uma guerreira africana, símbolo da miscigenação, na comissão de frente da agremiação, que cantou o poder e a importância do negro na cultura brasileira.
Rainha da bateria
Susana Vieira é uma força da natureza. A atriz de 72 anos, que desfila pela Grande Rio há 15, emagreceu seis quilos para desfilar como rainha da bateria da escola. E aguentou com pique de novinha ao lado do rei David Brazil, novidade deste ano.
ROBSON PIRES
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